Polícia invade culto doméstico de paquistaneses na Arábia Saudita

Portas Abertas • 26 abr 2005


A polícia religiosa da Arábia Saudita prendeu 40 cristãos paquistaneses na última sexta-feira, durante um culto doméstico em Riad.
O culto de oração acontece semanalmente, onde católicos e protestantes reúnem-se para orar.

Vários muttawa (Polícia religiosa islâmica) cercaram a casa, invadiram a reunião e bateram em algumas pessoas presentes. Durante a invasão, quebraram os móveis e vários símbolos cristãos que estavam no local.

Todas as pessoas presentes, incluindo as crianças, foram detidas na delegacia de Dera e foram liberadas mais tarde.

Porém, as autoridades recusaram-se a devolver as identificações de trabalho, um documento pessoal de identificação.

Todas as Bíblias, hinários, fitas e outros materiais cristãos foram confiscados.

Domingo à tarde, fontes confirmaram que dois cristãos continuavam detidos pelas autoridades. Mas ontem, a embaixada Paquistanesa disse a Compass que os dois homens já foram liberados.
 Pelo menos dois jornais locais noticiaram o acontecimento, declarando que a prática de qualquer outra religião que não seja o Islã, é ilegal.
 
"Ainda não está claro quais medidas serão tomadas quanto ao grupo que foi detido",  publicou a Reuters no dia 23 de abril.

De acordo com o oficial responsável pela investigação, a invasão a igreja faz parte de uma campanha de segurança nacional, que já descobriu uma rede de prostituição, uma fábrica clandestina de bebida alcóolica e vários pontos de venda de drogas.

A embaixada esclareceu os incidentes, insistindo que apenas vinte pessoas foram detidas e entre elas, nenhuma era criança. Ainda disseram que não houve nenhuma queixa de espancamento ou maus tratos e que todos os cristãos foram liberados.
 
O governo recusa a permissão a qualquer igreja legal, apesar de defender que qualquer um pode praticar sua fé dentro de suas casas.

A Arábia Saudita tem sido muito criticada pelos países ocidentais por sua intolerância religiosa.
Em setembro do ano passado, entrou para a lista do governo americano como uma das oito nações que mais violam a liberdade religiosa no mundo.

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