Portas Abertas • 4 mai 2005
Segundo o diretor da FLACSO, nas décadas de 80 e 90 a expansão da igreja evangélica acompanhou a expansão da pobreza e a desesperança no Equador e em outros países latino-americanos.
A pesquisadora Mares Sandoval Vizcaíno, mestre em antropologia pela FLACSO, disse que nas últimas décadas a igreja evangélica alcançou grande difusão e aceitação nos países latino-americanos, e especificamente no Equador.
Chama a atenção, disse Sandoval, a capacidade de organização, o crescimento de serviços sociais dedicados a cobrir as necessidades em setores populares nas áreas de educação, saúde, atenção à mulher e à infância, entre outros.
Por outro lado, anotou, os evangélicos exercem um trabalho de termômetro, porque seus programas sociais estão imersos na realidade. A antropóloga ressaltou o valor da fé como facilitadora de experiências de conversão, capaz de provocar mudanças comportamentais, melhorando a qualidade de vida daqueles que se convertem à fé evangélica.
Segundo a pesquisa da antropóloga Sandoval, os casais e as famílias tiveram mudanças benéficas nas relações entre marido e mulher, e estes com os filhos e filhas, especialmente naquelas famílias que receberam ajuda no campo da violência intrafamiliar e de vício com o álcool e as drogas.
O gerente de programas de Compasion - Equador, pastor e missionólogo César Parra, afirmou que temos progredido em nossos paradigmas de ministério social, ministérios de desenvolvimento social e missão integral, o que agora chamamos programas de transformação social.
As pesquisas e exposições dos cientistas sociais mencionados convidam a reavaliar o fator da fé não como um mecanismo de opressão intelectual, mas como um fator tangente e responsável pelo desenvolvimento social e espiritual.
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