Missão cristã acusada de forçar conversões

Portas Abertas • 4 jun 2005


A polícia está investigando sete membros da missão Cristã, Amit Vikas Trust (AVT), no estado de Uttar Pradesh, norte da Índia. Um grupo de estagiários insatisfeitos os acusou de "integrarem uma gangue para converter hindus pobres", oferecendo emprego. Os reclamantes perderam o emprego em novembro de 2004.  Os ex-funcionários alegam que cada um deles deu 20.000,00 rúpias (US 5,00) para a missão quando se inscreveram para um programa de treinamento.  Eles também alegam que os cristãos os "converteram" mediante a promessa de encontrarem emprego para eles. Após o término do seu vinculo empregatício com a missão, os reclamantes dizem que foram espancados e ameaçados de morte quando foram à missão pedir a devolução do seu dinheiro. 
 
Os sete acusados são o Pastor Yashwant Paul e sua esposa Mônica, da Evangelical Church of God (ECOG); o líder de esquadrão aposentado M.M. Philip e o ex-funcionário público Lalchhuangliana, ambos no conselho da AVT; Dr. Raju Abraham, diretor do Hospital Cristão Kachawa em Mirzapur, Uttar Pradesh; o tenente-coronel aposentado Arun Kumar  e Gurpreet Singh.
 
A AVT é um fundo registrado, criado com o objetivo de oferecer educação religiosa e promover desenvolvimento social. O Pastor Paul nega as acusações: "Eu e minha esposa estamos envolvidos em comandar uma igreja, e não aceitamos qualquer quantia de qualquer pessoa. Tampouco temos enganado alguém para a conversão ao cristianismo."

Paul e sua esposa receberam um pedido para desocupar sua casa alugada depois que dois jornais diários, o Amar Ujala e o Dainik Jagran, veicularam reportagens sobre as alegações contra eles. O Líder de esquadrão Philip disse a Compass: "Isto é simplesmente uma manifestação da frustração dos nossos ex-funcionários. Oferecemos ensinamentos bíblicos e nos concentramos na transformação pessoal do estagiário, mas alguns chegam com falsas expectativas. Eles acham que irão conseguir um emprego e dinheiro, e quando estas expectativas não se realizam, sentem-se enganados."

"Estes funcionários foram dispensados porque não pudemos ver qualquer mudança em suas vidas", explicou o líder Philip. "Mas suspeitamos que alguma organização hindu fundamentalista está usando a situação para nos prejudicar."
 
Os sete reclamantes hindus entregaram  documentos comprobatórios para o Magistrado de Hapur Taluka no distrito Ghaziabad de Uttar Pradesh no dia 31 de janeiro. Baseado nos fatos apresentados, o Tribunal ordenou uma investigação policial na missão AVT, conforme a Seção 156(3) do Código Processual Criminal. Depois disto, a polícia registrou uma acusação por quebra de confiança, mau tratos e intimidação criminal.
 
Se condenados, os membros da AVT podem sofrer até sete anos de prisão além de ter de pagar uma multa.

Os sete ex-funcionários se identificaram nestes documentos como hindus pobres e desempregados, que foram ludibriados para o Cristianismo. Nas petições declara-se que "A AVT e a ECOG são uma gangue envolvida no trabalho ilegal de enganar pessoas pobres e desempregadas como nós para o cristianismo, prometendo empregos bons e permanentes. Todos os acusados são Indianos, mas na realidade, são agentes de países estrangeiros, trabalhando abertamente para tornar a Índia uma escrava dos estrangeiros." 
 
Também foi alegado que a AVT exigiu um depósito de segurança de 20.000 rúpias de cada um deles, em troca de emprego com salários de 10.000 rúpias por mês. 

"Eu peguei emprestado a quantia e a entreguei no dia 5 de abril, em 2002, no escritório da ECOG. Haviam várias testemunhas comigo" disse Ramesh Chandra, um dos reclamantes. "Em 12 de agosto de 2002, eu e mais 14 pessoas fomos mandados para a cidade de Jhansi, em Uttar Pradesh, onde recebemos treinamento no cristianismo até 2 de setembro. Disseram que dariam emprego em fábricas cristãs e por isso precisávamos de treinamento cristão."

Chandra reclamou que quando retornaram do treinamento lhes deram trabalhado manual, recebendo salário mensal de 2.000 rúpias. "Eles também pediram para nos batizarmos, senão não conseguiríamos os empregos." Chandra completou.

"Eu e os outros fomos demitidos da AVT em novembro, 2004, mas o depósito de segurança não foi devolvido. E quando fomos ao escritório da AVT no dia 24 de janeiro, 2005, para pedir a devolução do dinheiro, os acusados e seus capangas nos espancaram e nos ameaçaram com falsas acusações e de morte" ele continuou dizendo.
 
Quando Compass falou com Paul, ele disse que o chefe da aldeia e outros moradores assinaram uma declaração afirmando que eles nunca foram à aldeia pedir dinheiro e nenhum espancamento havia ocorrido. Também disse que a missão não exigiu depósitos de segurança dos participantes do programa.
 
O caso ainda não foi a julgamento.

Uttar Pradesh tem uma das menores populações cristã da Índia, apenas 212.000 entre uma população de 166 milhões de acordo com Censo de 2001.

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