Portas Abertas • 26 jun 2005
Agências de inteligência dentro do estado turco concluíram, em um relatório intitulado "Elementos e Riscos Reacionários", que as atividades missionárias cristãs dentro do país têm uma segunda intenção, paralela a sua divulgação da propaganda cristã.
De acordo com um artigo do dia 11 de junho no jornal Cumhuriyet, o estado acredita que missionários estrangeiros também promovem divisões étnicas, particularmente entre os curdos.
Declarando que os missionários "cobrem a Turquia como uma teia de aranha," a reportagem acusa os missionários de focarem regiões sensíveis do país e de usar a desculpa de "turismo de fé" para atingir cidadãos de baixa-renda, jovens, crianças e mulheres.
Como parte de um relatório recém-publicado pela inteligência, intitulado "Elementos e Riscos reacionários" a afirmação do estado sobre a atividade missionária foi ligada a uma análise separada de grupos terroristas islâmicos e a conhecida atividade de seus líderes dentro da Turquia.
Atualmente, é dito que missionários estrangeiros estão aumentando seu ritmo no Mar Negro e nas regiões da Anatólia, no leste da Turquia, o Cumhuriyet notou. Em busca de convertidos em potencial, segundo a reportagem, os missionários estão visando a etnia curda e as comunidades Laz, bem como os aderentes da seita alawite.
De acordo com a reportagem, a maioria dos missionários estrangeiros vem da Coréia do Sul, dos Estados Unidos, Inglaterra, Nova Zelândia, Austrália, Alemanha, Suécia e Romênia.
Eles dizem representar grupos de cristãos católicos, protestantes e ortodoxos, bem como testemunhas de Jeová e bahais.
Além disso, a reportagem afirmou que nos últimos anos,os cidadãos turcos e estrangeiros estavam cooperando na formação de organizações não-governamentais (ONGs) no sudeste da Turquia, onde foi notado que membros da igreja formam "uma porção importante" da equipe dessas ONGs.
Ainda neste relatório estavam preocupações sobre cursos bíblicos formados sob a guisa de estudos "investigativos", bem como visitas individuais porta-a-porta para distribuir livros religiosos, cadernos e revistas. Seminários ocasionais e reuniões também têm sido organizados, diz a reportagem.
Istambul foi identificada como o centro de operações missionário da Turquia, embora saiba-se que lugares de culto estão estabelecidos em Ancara, Izmir, Eskisehir, Antalya, Hatay, Mersin e Kusadasi, informa a reportagem.
No relatório da inteligência, foi dito que as testemunhas de Jeová apresentam-se a si mesmas como os únicos cristãos verdadeiros e puros, enquanto os Bahais, conforme foi dito, focam no desenvolvimento das relações com oficiais de estado, jornalistas, pequenos empresários e pessoas ligadas às artes cênicas e belas artes.
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