Oito líderes protestantes são presos em Riad

Portas Abertas • 30 jun 2005


Vijay Kumar, um indiano de 45 anos, original do estado de  Tamil Nadu, e outros sete líderes protestantes foram presos pela muttawa, a polícia religiosa da Arábia Saudita.
Parentes e amigos em Riad não tiveram notícias sobre o destino de seus queridos, nem sabem onde eles estão detidos.

Fontes da "Asia News" no país disseram que o sr. Vijay foi levado pela polícia no dia 28 de maio. Sua prisão veio junto com a de outro indiano, Samkutty Varghese, um cristão evangélico que entrou no país no dia 26 de janeiro com visto de turista.

A muttawa deteve o sr. Samkutty, que aguardava que seu visto fosse prorrogado, no dia 9 de março. Ele foi encontrado com uma Bíblia hindi e alguns números de telefone, os quais eles usaram para realizar as outras prisões.

No dia 28 de maio, a polícia religiosa invadiu uma reunião de oração particular de grupos protestantes na área de Batha, na capital saudita.

Mais tarde naquele dia, às 20 horas, a polícia chegou à casa do sr. Vijay. Ele e sua esposa, Christy Vijay Kumar, foram interrogados até às 3 da madrugada. Levaram todo material religioso encontrado na residência, os computadores da família e o sr. Vijay.

Todos os presos pertenciam a grupos evangélicos da Assembléia de Deus.

O sra. Christy trabalha como professora e normalmente ensina 40 crianças cristãs da Índia e de Muscat em sua casa.

Vijay Kumar está na Arábia Saudita desde 1994 trabalhando para Al Salam Aircraft. Sua casa tem sido um local de encontro de cristãos desde 2002.

Seus colegas sauditas o consideram uma boa pessoa e estão preocupados com seu destino. E seu empregador pediu à polícia informações sobre o seu desaparecimento, embora que com pouco sucesso.

Na Arábia Saudita, a liberdade de expressão é vetada para todas as religiões, exceto para o islamismo. Toda expressão pública de outros credos (segurar uma Bíblia, usar uma cruz ou um rosário, orar) é ilegal.

A polícia religiosa, que tem uma reputação de ser intransigente e violenta, reforça, sem piedade, o veto.

Nos últimos anos, a pressão internacional tem forçado a família real saudita a demonstrar um pouco de piedade e permitir que não-muçulmanos pratiquem a sua religião ao menos no interior de uma casa. Não obstante, a muttawa continua a deter, prender e torturar pessoas que praticam outra fé. Por exemplo: no dia 23 de abril, eles detiveram 40 paquistaneses cristãos que estavam realizando um culto em casa.

A economia da Arábia Saudita depende fortemente de estrangeiros, mas apesar de eles terem permissão para trabalhar, eles não podem professar a sua fé.

De uma população de cerca de 21,6 milhões de pessoas, os estrangeiros somam cerca de 8 milhões.

Os muçulmanos representam 97,3 % do total, enquanto os cristãos constituem 3,7 %, quase todos originários da Índia, Sri Lanka, Filipinas e Egito. Os católicos somam 900.000.

Em seu relatório de 2004, a Comissão dos EUA sobre liberdade religiosa no mundo disse que o reino saudita era um país de preocupação particular.

Texto enviado por Daila Fanny.

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