Atentado contra associação israelita permanece sem esclarecimento

Portas Abertas • 18 jul 2005


Passados onze anos do atentado terrorista contra a Associação Mutual Israelita Argentina (AMIA), ainda se percebe a falta de decisão das autoridades para o esclarecimento do caso, anotou a Igreja Evangélica do Rio da Prata (IERP). O caso, advertiu, pode-se converter em mais um ato de impunidade.

Em carta de adesão ao ato público que lembrará o ataque, agendado para o dia 18 de julho, em Buenos Aires, a IERP afirma que apesar do tempo decorrido, existe falta de clareza e decisão dos poderes públicos para o esclarecimento do atentado.

O ataque terrorista contra a AMIA ocorreu em julho de 1994, no governo do ex-presidente Carlos Menem, deixando um saldo de 85 mortos e centenas de feridos. A justiça argentina não processou nem deteve ninguém relacionado ao caso.

A mensagem solidária que a IERP enviou ao rabino Angel Kreiman-Brill
destaca: Sentimo-nos afundando num pântano profundo, sem ter onde apoiar nossos pés. Com a sensação final de ter chegado ao mais fundo da água, sentimo-nos arrastados pela correnteza. Pela correnteza da impunidade e da falta de justiça.

O documento concorda com a posição dos representantes da comunidade judaica argentina, que qualificaram o crime como um magnicídio que cobriu de luto não só os familiares e amigos das vítimas, mas a sociedade argentina em seu conjunto.

Como parte desta nossa sociedade - agrega a carta assinada pelo presidente da IERP, Federico Schäfer - queremos chegar até vocês com nossa solidária saudação, irmanados no Deus que quer e promove a vida. Uma vida baseada no direito e na justiça como valores que lhe dão sustento e sentido à convivência de todos os seres humanos sem outra condição que sua própria dignidade.

As investigações do atentado contra a AMIA evidenciaram desde o início marchas e contramarchas da justiça argentina, que fez algumas prisões que depois arrefeceram por falta de provas.

O juiz Rodolfo Canicoba Corral é que conduz as investigações. Ele mantém as suspeitas formuladas há uma década, que responsabilizam membros da milícia libanesa e autoridades diplomáticas iranianas pelo crime.

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