Java Ocidental enfrenta o fechamento de igrejas

| 31/08/2005 - 00:00


Igrejas cristãs na Indonésia estão, cada vez mais, sendo atacadas por militantes muçulmanos, dizem alguns oficiais de igrejas, com mais de 20 igrejas forçadas a fecharem suas portas nas últimas semanas na ilha de Java.

Os ataques vieram depois que o maior corpo muçulmano da Indonésia, o Conselho de Ulemás da Indonésia ou MUI, emitiu uma série de fatwas - ou editos religiosos - controversos, os quais incluíam o banimento de casamentos mistos, pluralismo religioso e orações ecumênicas - a menos que um muçulmano estivesse liderando o culto.

Nos últimos meses, multidões armadas de facas intimidaram os oficiais das igrejas, forçando-os a suspender as cerimônias religiosas em 23 igrejas em toda a  Java Ocidental, disse Richard Daulay, o líder da Comunhão Indonésia de Igrejas.

A polícia se recusou a interromper o fechamento das igrejas, dizendo ao "The Jakarta Post" (O Correio de Jacarta) que muitas igrejas não tinham permissão de funcionamento - o que Richard diz que é mentira. Richard diz que se queixou ao presidente Susilo Bambang Yudhoyono no começo da semana sobre a inação policial e pediu a ele para proteger as minorias religiosas.

"Isso não está de acordo com os princípios dos direitos humanos, nem de acordo com a constituição desse país, que garante liberdade de religião", ele disse.
A maioria dos muçulmanos indonésios pratica uma corrente moderada do islamismo, que combina os credos animista, hindu e budista, e são tolerantes a outros grupos religiosos, disse Richard.

Apesar da maioria das 220 milhões de pessoas da Indonésia ser muçulmana, essa não é a religião do estado, mas apenas uma das cinco religiões oficialmente reconhecidas.
Mas para Richard e outros, os ataques nas igrejas foram um sinal de que uma corrente mais fundamentalista do islamismo está se enraizando na Indonésia.

Abdull Basit, o chefe do Amadiyah, uma seita islâmica minoritária que teve suas mesquitas e escritórios também atacados por grupos muçulmanos militantes nas últimas semanas, concorda com essa opinião.

"O radicalismo está lançando as suas raízes", ele disse.


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