Governo indonésio ignora ataques contra cristãos

Portas Abertas • 14 out 2005


O grupo de direitos humanos International Christian Concern (ICC - Interesse Cristão Internacional), com sede em Washington DC, informou que as autoridades indonésias perderam por pouco Noordin Mohamed Top. Noordin é um dos dois principais suspeitos de ter provocado a recente explosão em Bali. Ele e o outro suspeito, Azahari Husin, são membros do grupo regional Jemaah Islamiyah, ligado a al-Qaeda.

As autoridades indonésias se mostraram determinadas na caça aos fundamentalistas islâmicos que ultrapassaram o limite e chegaram à violência, ameaçando a segurança do Estado. Ainda que isso seja elogiável, acredita-se que a reação do governo indonésio às ameaças do islamismo fundamentalista não é muito encorajadora.

A maioria dos muçulmanos da Indonésia é moderada, e há uma longa história de coexistência pacífica com cristãos, hindus e budistas. Na década de 1990, o ramo indonésio de islamismo pacífico e tolerante começou a ser infiltrado pelo estilo "wahabbi", da Arábia Saudita, como o do grupo Jemaah Islamiyah. Isso levou a uma esperada radicalização da população muçulmana, fato tão perturbador quanto letal. De 1998 a 2002, estima-se que 10 mil cristãos foram assassinados, 80 mil casas cristãs destruídas e mil igrejas queimadas.

Os arquivos do ICC estão repletos de figuras do horror dessa época. Há muitas fotos de fundamentalistas muçulmanos em pé em torno de várias cabeças de famílias cristãs, detidas em barreiras e decapitadas, depois de se descobrir que eram cristãs. Tudo isso aconteceu sem que o mundo prestasse atenção. Quando se reportavam esses horrores, os repórteres os descreviam como violência sectária ou qualquer outra frase inócua.

Enquanto o governo indonésio se mostra agressivo e centrado em lidar com a violência muçulmana que ameaça o Estado, eles ignoram (ou pioram) o ódio e a violência islâmica contra os cristãos em todo o arquipélago, o qual não ameaça o Estado.

Os dois exemplos mais recentes são a prisão e condenação de três donas de casa cristãs por darem aula de escola dominical para crianças muçulmanas (com o consentimento dos pais). Além disso, há o fechamento de 60 igrejas cristãs apenas nos dois últimos meses, bem como restrições do governo a abertura e funcionamento de igrejas cristãs.

Texto enviado por Daila Fanny.

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