Evangélicos exigem provas do governo contra Novas Tribos

Portas Abertas • 19 out 2005


Organizações evangélicas pronunciaram-se contra a expulsão da Missão Novas Tribos do país e pediram que o governo apresente as provas que motivaram o presidente Hugo Chávez a tomar tal decisão. Elas negam que a missão norte-americana tenha se dedicado à exploração de indígenas.

Sem a apresentação das provas, é inexorável concluir na presunção de inocência a favor dos supostos imputados, conforme a Constituição da República Bolivariana da Venezuela e o Código Orgânico Processual Penal, anotaram os evangélicos em enérgica declaração formulada no sábado, 15.

Os evangélicos tomaram a defesa da obra missionária porque a decisão afeta tanto missionários estrangeiros como nacionais. Todos somos parte do povo evangélico venezuelano, argumentaram em declaração entregue à imprensa. A nota foi assinada pelo Conselho Evangélico da Venezuela, a Confederação Evangélica Pentecostal da Venezuela e a Convenção Nacional Batista.

O comunicado afirma que o trabalho missionário da Novas Tribos foi público e notório por quase 60 anos, e neste período cumpriu e sujeitou-se às leis que a regem.

O documento sublinha que essa missão dedica-se à alfabetização, educação bilíngüe (em idioma indígena e castelhano), desenvolvimento espiritual, moral e social, assistência básica na área da saúde e a integração do indígena à vida nacional do país. Essas atividades, segundo os evangélicos, não impedem os indígenas de manter sua identidade étnica e cultural

Os evangélicos destacaram o desenvolvimento do alfabeto e publicações tiradas pela Novas Tribos nas línguas piaroa, yecuana, yanomami, panare, pumé, guajibo e puinave.

Trata-se, alegaram, de uma associação constituída e domiciliada na Venezuela conforme o direito de associar-se livremente previsto na Constituição da República Bolivariana da Venezuela. Asseguraram que não se trata de um organismo do governo dos Estados Unidos.

Os evangélicos alegaram que o governo não ofereceu oportunidade à missão de ser ouvida antes de anunciar sua expulsão. É nossa obrigação conhecer e entender as provas que certificam tal ação, afirmaram.

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