Portas Abertas • 17 nov 2005
A família de um importante dissidente cristão preso em Cuba, dr. Oscar Elias Biscet, pressionou a comunidade internacional nesta terça-feira, 15 de novembro, para lutar em favor de sua liberdade, devido a preocupações com a saúde do médico e com as novas leis de prisão.
Dr. Oscar, 44 anos, "sofre de hipertensão, gastrite crônica, colesterol alto e não pode receber a comida que sua família leva", disse sua esposa Elsa Morejon Hernandez e os pais dele.
"Na última vez que vimos Oscar, ele estava muito magro. Mas ele tinha uma grande paz interior e um sorriso nos lábios, com seu coração cheio de amor. Ele disse que estava se sentindo bem, apesar da pressão alta".
Sua família se preocupa com a possibilidade da situação piorar. A direção da prisão Combinado del Este, em Havana, onde ele está retido, se recusa a lhe conceder privilégios porque ele se recusa a usar o uniforme de prisioneiro. Ele acredita que não há razão para usar o uniforme, uma vez que ele não é um criminoso.
A família disse: "O número de visitas da família tem sido reduzido, desde então. Em vez de ser a cada 45 dias, as visitas acontecem a cada quatro meses, com duas horas de duração". Além disso, "quase sempre falta água na cela em que ele está e ele não tem licença para sair à luz do sol diariamente... Ele só pode sair a cada 8 ou 10 dias".
Oscar é conhecido por ser um médico cristão, que luta contra o aborto e pena de morte, bem como contra o regime comunista. Ele foi sentenciado a 25 anos de prisão no dia 7 de abril de 2003, durante uma opressão contra os ativistas em toda a ilha de Cuba.
Antes ele havia recebido uma sentença de três anos de prisão, que terminaria no dia 6 de dezembro deste ano. Ele foi detido sob acusações de "desrespeito aos símbolos patrióticos", que incluía segurar a bandeira cubana de cabeça pra baixo durante uma entrevista para a imprensa. O grupo de direitos humanos Anistia Internacional considera o dr. Oscar um prisioneiro de consciência. O líder cubano Fidel Castro o chamou de "louquinho".
Segundo sua família, "criticar as injustiças de uma maneira civilizada e praticar a não-violência são atos virtuosos, mas por essas razões ele foi condenado a 25 anos na prisão, junto com outros 75 cubanos".
"Pedimos a Deus para tocar nos corações das muitas pessoas boas do mundo", sua família acrescentou. "Ajudem-nos a livrar este homem da miséria em que está".
A fé dos cristãos tem um papel importante na vida de prisioneiro do dr. Oscar. "Eu estou orando a Deus, para que Ele resolva essa situação da melhor maneira possível. Peço a vocês, minha mãe e meus irmãos para lerem o Salmo 11", ele escreveu ano passado, em uma carta obtida pelo BosNewsLife. "Tenho sustento espiritual e a força que Deus provê a todos que o amam em justiça e em verdade".
O presidente cubano Fidel Castro negou que haja dissidentes e disse que eles são "mercenários dos Estados Unidos e anti-revolucionários".
Texto enviado por Daila Fanny.
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