Marcada outra audiência para o caso de Yakup Cindilli

Portas Abertas • 21 dez 2005


Pela terceira vez em seis meses, o cristão turco Yakup Cindilli não compareceu às audiências contra os ultranacionalistas que o espancaram no dia 19 de outubro de 2003.

O secretário da Corte Criminal de Orhangazi, noroeste da Turquia, confirmou que Yakup não compareceu à audiência do dia 15 de dezembro. Yakup, 34 anos, também esteve ausente nas duas audiências anteriores, marcadas para 6 de outubro e 8 de julho.

O cristão em recuperação deixou Orhangazi em junho passado, aparentemente perambulando por várias regiões de Istambul durante o verão. Embora Yakup tenha dito a um amigo que tinha voltado a viver com sua família, essa afirmação não foi confirmada.

Sem o paradeiro exato de Yakup, presume-se que ele não tenha sido avisado das audiências marcadas para seu caso. Também não está claro se ele ficou sabendo que o juiz que presidia a audiência de julho lhe pediu uma segunda bateria de exames em Istambul. Os resultados desses exames deveriam ser comparados com os iniciais, obtidos pelos examinadores forenses de Bursa.

Na audiência do dia 8 de julho, os advogados de defesa dos acusados objetaram aos resultados dos primeiros exames médicos. Esses exames concluíam que o cristão ferido teria danos físicos e psicológicos permanentes.

Convertido do islamismo para o cristianismo, Yakup foi atacado pelo presidente do ramo do Movimento do Partido Nacionalista (MHP) em Orhangazi e por outros dois assaltantes no dia 19 de outubro de 2003. Eles o empurraram para a sede do MHP e o espancaram. Yakup entrou em coma e ficou hospitalizado por seis semanas.

Conforme os jornais de Orhangazi, os agressores de Yakup o acusaram de distribuir cópias do Novo Testamento e de fazer propaganda missionária em sua cidade natal. Nenhuma das acusações é uma ofensa criminal de acordo com a lei civil turca.

Embora os agressores tenham sido presos, um deles foi solto depois de um mês e os outros dois pagaram a fiança depois de três meses.

Quando Yakup recobrou a consciência e foi mandado para casa a fim de se recuperar, ele não era capaz de andar sozinho e às vezes não conseguia reconhecer sua família. Embora tivesse recobrado força física, seu braço direito não possuía todos os movimentos e Yakup ainda sofria com a extrema instabilidade emocional.

Yakup é de uma família muçulmana conservadora que se opôs de forma veemente à sua conversão ao cristianismo. Embora seus parentes tenham preenchido um boletim de ocorrência contra os agressores, acredita-se que o tenham pressionado a desistir do caso.

O último contato de Yakup com outros cristãos turcos foi por volta do dia 1 de outubro, quando ele conversou um pouco em uma livraria com Ismail Kulakcioglu, pastor da Igreja Protestante de Bursa, aonde Yakup ia de vez em quando. Foi aí que Yakup disse que ele tinha voltado para casa, para viver com sua família em Orhangazi.

O juiz de Orhangazi adiou a audiência do caso de Yakup para o dia 16 de março de 2006.

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