Portas Abertas • 7 jan 2006
Um ano depois que as ondas do tsunami atingiram o sul da Ásia, em dezembro de 2004, cristãos e budistas do Sri Lanka se aproximaram por meio de trabalhos cristãos de ajuda humanitária, de acordo com reportagens.
O reverendo Lesley Weerasinghe disse que o tsunami deu aos cristãos uma oportunidade de trabalhar em conjunto com os budistas e ganhar a confiança deles. Lesley é pastor de uma igreja metodista na cidade portuária de Galle, no sul do país, onde mais de 4 mil pessoas foram mortas pelas ondas gigantes.
No começo, os budistas fizeram manifestações quando os cristãos tentaram construir casas para os sobreviventes budistas do tsunami. Eles acreditavam que os cristãos planejavam construir uma igreja na vila em vez de casas.
Lesley, citado pela "Presbynews", disse que os budistas achavam que eles iriam construir uma igreja na vila, mas, quando perceberam que seriam casas, começaram a ajudar os cristãos.
Na vila Paraliya, a 48 quilômetros ao sul da capital Colombo, obreiros da igreja falaram com o monge-chefe budista da área, quando os demais budistas se opuseram à iniciativa da igreja batista de construir casas para as vítimas do tsunami. O monge foi de casa em casa explicando a iniciativa às pessoas e recebendo o consentimento delas para a construção.
Antes do tsunami, muitos budistas achavam que os cristãos tentavam convertê-los através do trabalho social", Lesley comentou, "mas nossa ajuda humanitária tirou esse medo deles".
Segundo o reverendo Kingsley Perera, presidente do Conselho Cristão Nacional do Sri Lanka e presidente do Conselho Batista do Sri Lanka, a ajuda humanitária "certamente levou a uma melhor harmonia e compreensão" com os budistas.
O budismo é a religião dominante no Sri Lanka, contando com mais de 70 % da população de 20 milhões de pessoas. Os cristãos são apenas 6%.