Igrejas incendiadas aumentam saldo da violência na Nigéria

Portas Abertas • 3 mar 2006


Manifestantes muçulmanos mataram 10 cristãos e incendiaram nove igrejas em Kontagora, Estado de Niger, em 23 de fevereiro, segundo informações de fontes cristãs.

Os militantes da cidade central de Kontagora se juntaram a correligionários do norte da Nigéria para protestar contra o que os muçulmanos consideraram uma blasfêmia contra o profeta do islã, Maomé, em charges publicadas em um jornal da Dinamarca.

"Os muçulmanos fanáticos atacaram os cristãos e queimaram igrejas durante a noite", informou por telefone ao Compass Joseph Bawa, um cristão que vive em Kontagora.

Os militantes atingiram Joseph e sua família com porretes. "Eu fui agredido pelos muçulmanos e foi Deus que me salvou - eu poderia estar morto", ele disse.

O reverendo Samuel Ayuba Shaba, secretário do capítulo estadual da Associação Cristã da Nigéria (CAN, sigla em inglês), confirmou a destruição das igrejas e o ataque aos cristãos.

"Nove igrejas foram queimadas pelos muçulmanos de Kontagora, e os pastores batistas que estavam participando de uma conferência também foram atacados", disse o reverendo Samuel.

Segundo ele, os pastores da Conferência Niger/Kebbi da Convenção Batista Nigeriana foram atacados enquanto participavam de um culto na noite de 23 de fevereiro.

Os protestos muçulmanos contra as caricaturas de Maomé se tornaram violentos em Maiduguri, no Estado de Borno, e em Katsina, no estado de Katsina, durante o fim de semana, deixando mais de 50 cristãos mortos. Os muçulmanos também mataram 25 cristãos nos dias 20 e 21 de fevereiro na cidade de Bauchi, por causa de uma suposta blasfêmia ao Alcorão. Manifestações na cidade de Gombe resultaram na morte e tortura de um jovem.

A violência muçulmana no norte estimulou a revanche da barbárie por parte dos cristãos no sul da Nigéria, onde aconteceram ataques em Onitsha e cidades vizinhas no Estado de Anabra, deixando pelo menos 80 pessoas mortas.

No dia 24 de janeiro, outro ataque foi registrado em Potiskum, no Estado de Yobe. Como aconteceu em Niger, Yobe também implantou a sharia, o sistema legal islâmico. Jovens muçulmanos queimaram igrejas e casas pertencentes a cristãos em Potiskum e 65 manifestantes foram presos.

Em Enugu, no sul do estado de mesmo nome, os cristãos revidaram os ataques que resultaram na morte de pelo menos sete muçulmanos. De acordo com a agência Reuters, os ataques começaram depois que um policial muçulmano matou um garoto cristão.

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