Cristãos da Terra Santa advertem Israel contra retiradas unilaterais

Portas Abertas • 1 abr 2006


Líderes cristãos da Terra Santa pediram a Israel para que não proceda a retirada unilateral da margem ocidental depois da eleição do Kadima, partido centrista fundado pelo primeiro-ministro israelense Ariel Sharon, que está em coma desde janeiro.

Medidas unilaterais trariam, provavelmente, soluções temporárias, mas tais medidas não ajudarão a superar a mútua desconfiança e os enfrentamentos entre os dois povos que vivem nesta amada e bendita terra, disseram líderes das igrejas mais importantes da Terra Santa, em declaração divulgada ontem.

Os religiosos pediram urgência a Israel para que demonstre coragem e sabedoria, retomando o processo de paz com os palestinos, e que abra o diálogo com a nova liderança palestina dirigida pelo movimento Hamas.

O primeiro-ministro interino de Israel, Ehud Olmert, disse que procuraria negociar um tratado de paz com o líder palestino Mahmoud Abbas. Mas caso as conversações fracassarem, Israel se retiraria da maior parte da margem ocidental, mantendo alguns grandes blocos de assentamentos e definindo suas fronteiras permanentes, agregou.

Desde a eleição de janeiro, o governo palestino é dirigido pelo movimento Hamas, que jurou destruir Israel e que, na última década, matou centenas de pessoas em ataques suicidas.

Até agora o Hamas recusou conclamações internacionais para que renuncie ao terrorismo, ao desarmamento, e que reconheça o direito de Israel de existir.
Israel disse que não manterá contato com o governo do Hamas e congelou a transferência mensal de 50 milhões de dólares a título de impostos que capta em nome da Autoridade Palestina.

Os líderes do movimento Hamas disseram que o grupo poderia oferecer a Israel uma trégua temporária, de até 15 anos, caso desocupar toda a margem ocidental.

As igrejas na Terra Santa, que representam uma reduzida população cristã, solicitaram urgência ao Hamas na moderação de suas posições, e que se abstenha de impor qualquer mudança no tecido cultural e religioso nos territórios palestinos, tais como a introdução da Sharia (código religioso para viver, do mesmo modo que a Bíblia oferece um sistema moral para o cristão) ou de leis estritas do Islã.

Como líderes cristãos, estamos decididos a fazer tudo o que pudermos para promover a paz, a mútua compreensão e a justiça entre todos, esperando encontrar espírito similar entre os líderes do judaísmo e do islamismo, afirma a declaração.

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