Portas Abertas • 4 mai 2006
Pelo menos 35 hindus foram mortos em dois ataques ocorridos na Caxemira controlada pela Índia. Treze pessoas foram mortas no primeiro ataque, no distrito de Udhampur. Outras 22 morreram no distrito montanhoso de Doda. As notícias sobre o massacre chegaram dois dias depois do encontro entre os líderes separatistas da Caxemira e o primeiro-ministro da Índia Manmohan Singh. Estes foram os piores incidentes desde 2003, quando Índia e Paquistão anunciaram um cessar-fogo na região.
Em Udhampur, o alvo foram os guardadores de rebanho; seus corpos foram encontrados em 30 de abril. Em Doda, alguns militantes uniformizados cercaram moradores da aldeia e, poucas horas depois, atiraram neles a sangue frio.
Especialistas acreditam que esses ataques contra os hindus, que são minoria na Caxemira, são de autoria do Lashkar-e-Toiba (LeT, Exército da Pureza), um grupo que defende um Paquistão islâmico. Nos últimos dez anos, o LeT foi responsável por pelos menos 17 massacres que deixaram 270 hindus mortos.
Violência não é a solução
John Dayal, membro do Conselho de Integração Nacional da Índia, declarou ao "Asianews" que "espalhar o terror, perseguindo os fracos e os inocentes, e dividir as comunidades em linhas sectárias nas várias regiões da Índia são o real objetivo por trás das mortes". Mas "violência não é a solução", ele disse. "Precisamos levar paz a pessoas de todas as religiões da Caxemira, sejam muçulmanos, budistas ou hindus".
John Dayal acrescentou que a pequena comunidade cristã da Caxemira também é alvo de violência. "Os cristãos dalits e pundits têm sido frequentemente vitimizados, tanto na Caxemira indiana quanto na paquistanesa. "Os missionários cristãos arriscam a vida todos os dias para insistir na liberdade de expressão e na liberdade de religião".
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