Grupo de direitos humanos questiona prisão de muçulmanos

Portas Abertas • 24 mai 2006


A diretora de um grupo de direitos humanos afirma que as recentes prisões de sete muçulmanos ligados à decapitação de três estudantes cristãs no ano passado pode ser uma jogada política dos oficiais indonésios.

Os sete homens são acusados de participar do ataque a quatro adolescentes quando elas iam para a escola cristã na comunidade de Sulawesi Central. Três das garotas foram decapitadas, mas uma quarta sobreviveu e conseguiu identificar os agressores. A polícia acredita que alguns dos suspeitos estavam também envolvidos no assassinado de um pastor em julho de 2004.

Ann Buwalda é diretora da Campanha do Jubileu, que monitora os abusos aos direitos humanos ao redor do mundo. Ela acredita que a prisão dos suspeitos muçulmanos pode ser um esforço dos governantes indonésios para distrair a atenção do caso dos três cristãos condenados à pena de morte por agir em defesa própria durante os conflitos entre cristãos e muçulmanos seis anos atrás.

Raízes profundas

Os cristãos são acusados de liderar e provocar o conflito, observa a diretora. No entanto, o conflito tem raízes bem mais profundas, ela afirma.

"Esses homens estavam defendendo suas casas e igrejas dos militantes do Laskar Jihad que estavam demolindo tudo furiosamente", descreveu a porta-voz da Campanha do Jubileu. "Muitos naquela comunidade cristã viam aqueles homens como pacificadores, como aqueles que estavam tentando defender a comunidade do ataque do Laskar Jihad."

De acordo com o Centro de Estudos Estratégicos em Washington, DC, EUA, o Laskar Jihad é um grupo indonésio que ficou conhecido nos últimos anos por seus duros ataques contra os cristãos nas ilhas Molucas e Sulawesi.  Mais recentemente, essa organização radical muçulmana esteve sob observação por sua possível conexão com outros grupos terroristas internacionais, incluindo a al Qaeda.

Muitos grupos de direitos humanos na Indonésia têm defendido a causa dos três cristãos - Fabianus Tibo, Dominggus da Silva e Marinus Riwu - que tiveram o pedido de clemência negado pelo presidente indonésio Susilo Bambang Yudhoyono. Os três prisioneiros alegam inocência e afirmam que sua condenação resultou de irregularidades durante o julgamento.

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