Arábia Saudita restringe poderes de polícia religiosa

Portas Abertas • 7 jun 2006


O ministro do Interior disse que está tomando medidas para restringir os poderes da agência que administra a polícia religiosa, uma força pela qual muitos sauditas nutrem ressentimentos por sua interferência na vida pessoal dos cidadãos.
 
Em um decreto publicado no diário oficial em fins de maio, o ministro do Interior, príncipe Nayef, disse que membros da Comissão para Promoção da Virtude e Prevenção ao Vício, ou a polícia religiosa, podem ainda realizar prisões em casos como importunação de mulheres, mas eu as investigações serão realizadas pela promotoria pública.

"O papel da comissão (...) termina com a prisão do suspeito ou suspeitos", diz o decreto enviado aos governadores de província de todo o reino.

O pelotão de moralidade há muito tem desfrutado de amplos poderes. Seus membros andam por lugares públicos, como shoppings, mercados e universidades procurando por infrações como homens e mulheres sem parentesco que se encontram em público, homens que pulam as orações diárias e mulheres que deixam aparecer as tranças sob o véu.

Eles repreendem vendedores por se vestirem elegantemente, garçons por servirem comida sorrindo e garotas por levarem fotos de ídolos, como o ator Leonardo di Caprio.

Zelo excessivo

A polícia religiosa saudita também monitora a prática de outras religiões que não o islamismo, que são permitidas apenas em locais privados. O excessivo zelo dos policiais freqüentemente leva a detenções arbitrárias e torturas na prisão. Com freqüência, a comissão prende membros de grupos minoritários, cristãos e muçulmanos xiitas, que são libertados apenas depois que assinam um documento renegando sua fé.

Depois das prisões, a polícia religiosa, conhecida como "muttawa", mantém as pessoas incomunicáveis e insiste em tomar parte nas investigações.

Enquanto alguns sauditas acreditam que a comissão desempenha um papel vital em assegurar a plena submissão aos estritos preceitos do islã seguidos pela Arábia Saudita, outros têm levantado a voz contra essas intromissões. Alguns jornais publicam anedotas do encontro de sauditas com os temidos agentes.

A comissão afirma que está treinando seus membros para ser mais gentis.

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