Bispo pede que caso de jovem assassinado não seja esquecido

Portas Abertas • 7 jul 2006


O bispo de Faisalabad apela para que a comunidade internacional "não se esqueça do caso de Javed Anjum, o jovem que foi assassinado por se recusar a negar Cristo". Ele afirmou que "a atenção precisa estar voltada para o julgamento, que corre o risco de ser suprimido por causa das ameaças e da violência de extremistas islâmicos contra o advogado e a família do jovem".

O bispo Joseph Coutts fez esse apelo na semana passada, durante a apresentação, em Lisboa, do relatório de 2006 sobre a liberdade religiosa, publicado pela Ajuda à Igreja Necessitada.

Em março, 23 meses depois do homicídio, o julgamento de dois dos três assassinos terminou, e Ghulam Rasool e Muhammad Tayab foram sentenciados a 25 anos de cadeia. Umar Hayat, clérigo islâmico e reitor da madrassa (escola islâmica) onde ocorreu o crime, é o terceiro assassino presumido. Ele foi preso em janeiro, depois de ficar foragido por 22 meses, e o veredicto contra ele está para ser proferido.

Pressão por justiça

Em abril de 2004, três homens torturaram o rapaz durante cinco dias inteiros, na tentativa de forçá-lo a se converter ao islã. Quando a perseguição se mostrou infrutífera, eles entregaram Javed à polícia e registraram acusações falsas contra ele. Os ferimentos que ele sofreu foram tão graves que o tratamento médico não obteve resultado. O rapaz morreu em 2 de maio em um hospital estadual de Faisalabad: o atestado médico declara que o cristão morreu em decorrência de "26 ferimentos graves resultantes de tortura".

No hospital, Javed chegou a identificar um de seus perseguidores, Ghulam, que foi preso imediatamente. No interrogatório, ele mencionou Muhammad e Umar como seus cúmplices.

"O reitor da madrassa em Toba está sendo processado como o maior responsável pela tortura que matou Javed", disse Joseph Coutts. "Recentemente, entretanto, o advogado, que é apoiado pela igreja, recebeu ameaças contra ele próprio, sua esposa e seus três filhos". Como resultado dessas ameaças, que se tornaram cada vez mais freqüentes e perigosas, a família do advogado fugiu para o sul do país.

O bispo continuou: "Precisamos continuar a pressionar por justiça. Esses grupos islâmicos são muito poderosos. Eles podem fazer com que um assassinato pareça um acidente. Não podemos ceder: eles precisam admitir o horror de seus crimes".

"De acordo com a fé islâmica, é pecado induzir uma conversão por coerção. Mas os que cometeram esse crime acreditam que a violência contra um jovem é a chave para o céu. Eles têm que entender que cometeram um erro", acrescentou Joseph Coutts.

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