Pastor indiano cai em emboscada armada por extremistas

Portas Abertas • 12 set 2006


Extremistas hindus investigavam as atividades de Varghese Thomas, um evangelista no Estado de Karnakata, e então preparam uma emboscada para ele no domingo, 3 de setembro. Ele e sua esposa foram atacados. O pastor Varghese tem 60 anos e sua esposa, Leelama, tem 57.

No final de agosto, membros de grupos hindus extremistas, no distrito de Subramanaya, começaram um interrogatório discreto sobre Varghese e seu ministério. Eles questionaram os parceiros do pastor sobre possíveis conversões ao cristianismo que aconteceram em Guttigar, vila onde Varghese nasceu.

O pastor estava pregando em Guttigar havia seis meses, plantando uma pequena congregação que se reúne na casa de um cristão.

Pressentindo que algo estava sendo tramado, Jyothi Premananda, membro do conselho da vila, marcou um encontro no dia 3 de setembro entre Varghese e os hindus contrários à sua pregação na vila. A reunião foi marcada na casa de Jyothi, a três quilômetros de distância da casa do pastor.

Por volta das 19h30, Varghese e sua esposa foram de carro para o encontro. Depois de percorrer metade da distância, eles viram alguém que parecia ter sofrido um acidente de moto. A pessoa estava caída no meio da estrada, e uma moto estava tombada a alguns metros de distância.
Como estava escuro, Varghese não foi capaz de perceber se havia sido um acidente grave. Então ele deixou seu carro e foi socorrer a vítima.

Agressão e furto

Assim que ele se inclinou sobre a vítima, o homem deitado no chão atirou pó de pimenta malagueta em seus olhos, deixando-o temporariamente cego.

Um grupo de cerca de 15 extremistas hindus, escondido na vegetação do lugar, apareceu e agrediu Varghese.

Varghese disse à agência de notícias Compass que foi atacado com bastões e varas de madeira. "Não consegui nem ficar em pé porque eles me batiam. Também me acusaram de enganar as pessoas, levando-as para reuniões de oração com a promessa de terem uma vida melhor."

Varghese insistiu que, na ocasião, ele ajudava algumas das famílias cristãs pobres que participavam das reuniões. Ele nunca havia usado assistência financeira ou material para forçá-los a se converterem.

Leelama contou que via, horrorizada, os homens atacarem seu marido. "Eu estava impotente, pois eles eram muitos."

Os extremistas também ameaçaram o casal de morte. Leelama explicou que um deles foi até o carro e lhe disse que os dois sofreriam uma morte cruel se continuassem a pregar na vila.

O grupo foi então embora - levando consigo os relógios e o dinheiro do casal.

Varghese e Leelama registraram uma queixa na delegacia, mas não se soube de nenhuma prisão.

Outros ataques

Alguns dias antes, no dia 1º de setembro, um grupo de aproximadamente 25 extremistas atacou o pastor John Prabhu, da Assembléia de Deus em Belthur, cidade de Bangalore. Ele foi retirado à força da visita que realizava em uma casa. O grupo agrediu John e então o levou a um templo hindu, onde o fizeram ajoelhar perante estátuas de deuses hindus - cuspindo em seu rosto quando ele se recusou a ficar de joelho.

Então o grupo levou John para a delegacia de Kadugodi, onde ele foi detido para ser interrogado.

John estava na casa de um membro da igreja, orando por um bebê recém-nascido, quando foi atacado.

Conforme Sajan George, presidente do Conselho Global de Cristãos Indianos, os extremistas hindus levaram uma testemunha falsa à delegacia para acusar John de tentar forçar uma conversão. A polícia deteve John por algumas horas, negando-lhe os primeiros socorros para os ferimentos que sofreu.

Extremistas hindus também atacaram um pastor em Madhya Pradesh no dia 2 de setembro.

O pastor Shanti Lal foi detido em sua casa por realizar reuniões de oração e foi levado para delegacia de Gogawan, no distrito de Khargon. Depois de o Conselho Global insistir, a acusação de conversão forçada foi finalmente retirada, mas outras acusações sob o Código Penal Indiano foram mantidas.

Um amigo de Shanti, o pastor Patrak Habil, disse que Shanti realizava reuniões de oração em sua igreja doméstica desde 2001, sem ter problemas.

"Ele foi preso na noite de sábado e não aceitaram sua fiança no domingo, então ele ficou preso até a manhã de segunda-feira", disse Patrak. Ele foi solto após pagar a quantia de 5 mil rúpias (108 dólares).

Os cristãos da região disseram que o recente surgimento de tais incidentes pode decorrer de mudanças feitas no Ato de Liberdade Religiosa do Estado de Madhya Pradesh.

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