Relatório dos EUA aponta violadores da liberdade religiosa

Portas Abertas • 21 out 2006


Pela sétima vez consecutiva, o relatório anual de liberdade religiosa, do Departamento de Estado dos Estados Unidos, designa o Irã como um país de preocupação específica", por prender e oprimir pessoas com base em suas crenças religiosas.

John Hanford, embaixador geral para liberdade religiosa do Departamento de Estado, disse, no dia 15 de setembro, que o propósito do relatório é  estimular o debate em outros países, fazer o governo dar contas de seus comprometimentos internacionais, se pronunciar em favor dos perseguidos e, por fim, dar um senso de quão bem estamos vivendo segundo nossos ideais.

O relatório diz que oito países de preocupação específica - países que, segundo os EUA, são os maiores violadores de liberdade religiosa - são Mianmar, China, Coréia do Norte, Irã, Sudão, Eritréia, Arábia Saudita e Vietnã.

Considerados um pouco melhor estão outros 12 países onde a liberdade religiosa está longe de ser assegurada. São eles: Afeganistão, Brunei, Cuba, Egito, Índia, Israel e Palestina, Laos, Paquistão, Rússia, Sri Lanka, Turcomenistão e Uzbequistão.

O Uzbequistão é acusado pela cruel opressão aos muçulmanos, a qual John Hanford diz incluir uma lei religiosa mais estrita e uma maior perturbação dos fiéis.

Tais abusos são infelizes de um modo particular, já que, no Uzbequistão, eles minam uma antiga tradição social de harmonia religiosa. O Uzbequistão também dá um exemplo de como os governos quase sempre optam por usar leis de registro repressivas como meios de restringir religiões não-aprovadas, ou simplesmente tornar as religiões totalmente ilegais.

Ainda que a situação no país vizinho Turcomenistão também pareça grave, John notou um progresso modesto. Ele disse que "onde apenas dois grupos religiosos podiam ter status legal, agora vemos nove religiões e denominações novas, possibilitadas e se registrarem, uma abertura sobre a qual esperamos que o governo continue a trabalhar".

As reações na Rússia para com judeus e grupos étnicos muçulmanos se tornaram mais negativas no ano passado, segundo o Departamento de Estado. Mas Moscou também foi elogiada por reagir rapidamente a um ataque contra uma sinagoga em janeiro deste ano.

Sobre o Afeganistão, o relatório diz que décadas de guerra e anos de domínio do talibã contribuíram para uma cultura conservativa de intolerância.

Apesar de tudo, John diz que o governo do presidente afegão Hamid Karzai procura sustentar a garantia Constitucional de liberdade religiosa, a despeito da antiga cultura de intolerância".

O relatório anual de liberdade religiosa, do Departamento de Estado é uma exigência do Ato de Liberdade Religiosa Internacional dos EUA. Em geral, a pesquisa cobre 197 países e territórios. Os países com a mais baixa classificação podem ser punidos com sanções dos EUA se não melhorarem.

Em 16 de setembro, as autoridades iranianas classificaram o relatório como político" e "sem provas legais.

Em uma declaração, o representante do Ministério do Exterior do Irã, Muhammad Ali Hosseini, também disse que o relatório segue uma agenda de política estrangeira dos EUA e é de nenhum valor.

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