Portas Abertas • 27 nov 2006
O diretor de uma organização que serve a Igreja Perseguida afirma que o caso de Nadia Eweida, funcionária da British Airways que foi proibida de usar uma cruz, é "um exemplo de discriminação contra a fé cristã".
Patrick Sookhdeo, diretor internacional da Fundação Barnabé, disse que chegou o tempo de os cristãos "se levantarem pelo que acreditam, de se erguerem com Nadia em seu desejo de que cruz não seja escondida".
Ele acrescentou: "Muitos cristãos, inadvertidamente, tem se tornado presas da gradual neutralização da fé cristã. Se o mais básico símbolo do cristianismo deve ser removido da vida pública, se a cruz deve ser vista como uma mera peça de joalheria, então a fé cristã desaparecerá do Reino Unido".
O jornal Daily Telegraph, em um artigo sobre o caso, revelou que a British Airways está para "rever" a proibição do uso da cruz.
Cruz poderosa
"Presumivelmente isso significa que a companhia se curvou ao inevitável", prosseguiu o direito. "Nadia Eweida, que trabalha no check-in, poderá em breve retonar ao trabalho, usando no pescoço a cruz do tamanho de um moeda de cinco centavos.
Essa cruz se mostrou uma peça de joalheria cara para a British Airways. Na semana passada, Nadia, uma cristã praticante, perdeu seu apelo para usar a cruz sobre o uniforme. A disputa tem se arrastado por dois meses, mas foi essa regra bizarra que persuadiu cerca de 100 parlamentares a protestar em favor da funcionária. No dia seguinte, o arcebispo de Canterbury, Rowan Williams, viajou para Roma na classe executiva da companhia sem dizer uma palavra sobre o assunto. Felizmente, John Sentamu, arcebispo de York, foi mais contundente: a política da companhia - que permite que adeptos de outras religiões usem símbolos religiosos - não tem sentido, disparou ele.
Suas palavras tocaram cristãos ao redor do mundo, que estão enfrentando crescente perseguição por sua fé. Alguns dias depois, finalmente, Rowan Williams pressionou a British Airways. Não podemos ter certeza do que provocou a mudança da companhia, mas temos esperado há muito tempo por isso.
A British Airways não é a única companhia que adotou medidas politicamente corretas que discriminam os cristãos. Certamente uma organização que investe milhões de libras em manter sua imagem deve compreender a importância dos símbolos - e de um símbolo em particular. A cruz de Nadia pode ser pouco maior do que uma unha, mas foi destinada a ser mais poderosa que qualquer logomarca corporativa".
Nadia Eweida, uma cristã copta solteira que cuida de sua mãe idosa, nasceu no Egito, filha de pai egípcio e mãe inglesa.
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