Famílias expulsas de suas casas por se converterem ao cristianismo

Portas Abertas • 29 nov 2006


Adeptos de uma religião tribal Bodo em Assam, nordeste da Índia, forçaram nove famílias a deixarem suas casas, no dia 14 de novembro, por terem se convertido ao cristianismo.

Habitantes da vila destruíram seis das nove casas das famílias, forçando os cristãos a buscarem abrigo numa escola primária. As nove famílias moram em quatro vilas no distrito de Kokrajhar, em Assam.

Tudo começou quando cristãos participaram de um encontro pentecostal na vila de Haldibari no dia 13 de novembro.
 
"Esse encontro enfureceu as tribos Bodo, que organizaram um encontro de sua religião no dia seguinte", contou uma fonte de Compass.
 
Às 8 horas da manhã do dia seguinte, o povo tribal de Haldibari se reuniu para seu encontro no conselho da vila, disse o reverendo Madhu Chandra, secretário regional do Conselho Geral dos Cristãos da Índia em Deli.

Influência do RSS
 
"Alguns deles eram simpatizantes do Rashtriya Swayamsevak Sangh ", disse Chandra. "Sob sua influência, o grupo resolveu expulsar as famílias cristãs da vila".
 
Por volta das 14h30 daquele dia, 25 pessoas entraram nas casas de três famílias cristãs em Haldibari e as atacaram. A violência logo se espalhou para as vilas vizinhas de Moflabari, Jamduguri e Basdari.
 
A administração do distrito chamou as forças de segurança para a área para guardar as nove famílias, que se abrigaram no prédio de uma escola primária.
 
O oficial de polícia de Kokrajhar, Manoj Kumar Saikia, disse a Compass que o caso tinha sido registrado contra 25 agressores. Até o último dia 20, a polícia havia prendido sete deles, mas os liberou sob fiança.
 
Advogados apresentaram uma petição ao Conselho Territorial das Terras Bodo, pedindo a investigação do ataque, o pagamento de compensação às famílias cristãs que perderam suas casas, e proteção para as demais minorias cristãs do distrito.
 
Acusação falsa

Em Karnataka, sul da Índia, cristãos irão fazer uma reunião no dia 2 de dezembro para alertar sobre as prisões indevidas por "conversão forçada", e sobre o vandalismo numa igreja recentemente.
 
Um dono de uma pedreira apresentou uma queixa na polícia contra dois cristãos, incluindo um pastor, acusando-os de "conversão forçada" no dia 15 de novembro, disse o Sajan K. George, presidente nacional do Conselho Global de Cristãos da Índia.
Um pastor identificado somente como Hoysala e seu amigo, Anup Kumar (médico), foram acusados de conversão forçada em Karnataka no distrito de Mandya.
 
"O pastor e Kumar foram visitar um amigo numa pedreira na vila de Jaknahalli, em Pandavapura Taluka, no distrito de Mandya", contou George. "Não encontraram o amigo lá, e, quando estavam voltando, uma mulher se aproximou deles pedindo que eles orassem por ela, pois estava com uma forte dor de cabeça. Quando estavam orando, o dono da pedreira veio e gritou com eles, os acusando de conversão forçada."
 
Apesar de tudo, os dois puderam ir embora. No dia seguinte, o dono da pedreira prestou queixa contra eles na delegacia de polícia de Pandavapura, acusando-os de conversão. Os dois foram presos e liberados sob fiança no dia seguinte.
 
Os cristãos não puderam ser liberados sob fiança no dia da prisão, (16 de novembro), porque todos os funcionários do escritório do inspetor e do subinspetor estavam ocupados com a segurança de líderes políticos no congresso do Partido Bharatiya Janata, disse George.
 
Em 17 de novembro, uma corte inferior recusou o pedido de fiança e os mandou para a prisão de Mandya. "No entanto", disse George, "uma corte superior garantiu a fiança à noite".

Depredação

Também em Karnataka, em 18 de novembro, 18 extremistas hindus depredaram a imagem de Maria numa instituição teológica católica. Aproximadamente 10 pessoas não identificadas destruíram a estátua no Colégio Teológico Carmelram, na estrada Sarjyapur nos arredores de Bangalore, declarou George.
 
Ele acrescentou que cuspe e um pó vermelho usado na testa por certos hindus foram encontrados próximo da imagem. Autoridades do colégio não puderam identificar quem cometeu o ataque, pois os extremistas fugiram em um carro azul e em algumas motocicletas por volta das 23 horas.
 
Condenando o incidente numa carta pública, George sugeriu ao ministro chefe de Karnataka a "instruir a máquina do governo" a manter a harmonia religiosa e a paz no estado.
 
Representantes de várias organizações cristãs, principalmente católicas, sugeriram ao Comissário de Polícia M.S. Srikar prover segurança aos cristãos devido aos ataques crescentes na região de Hubli-Dharwad, em Karnataka.

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