Portas Abertas • 19 dez 2006
Milhares de policiais irão proteger as igrejas dentro do mais populoso país muçulmano durante o período do Natal, em meio às preocupações de que militantes ligados à Al Qaeda promovam ataques, informou a polícia nesta segunda-feira (18).
A rede terrorista regional Jemaah Islamiyah tem sido responsabilizada pelos distúrbios anuais na Indonésia desde 2000, quando uma série de atentados a bomba matou 19 pessoas na véspera de Natal. Um ataque a um mercado cristão na véspera do Ano Novo, no ano passado, deixou sete mortos.
A embaixada dos Estados Unidos em Jacarta adverte para "uma séria ameaça à segurança de americanos e outros ocidentais na Indonésia", dizendo que os alvos podem incluir hotéis, shoppings, lojas, condomínios fechados, sistema de transportes, locais de culto, escolas ou eventos públicos.
"Os terroristas na Indonésia freqüentemente direcionam seus ataques a prédios específicos. Mas, existe a possibilidade de que americanos possam ser alvo de seqüestro ou assalto", declarou a embaixada.
Igrejas são prioridade
Mais de 18 mil policiais estarão de plantão em igrejas e locais religiosos na capital, Jacarta, disse o porta-voz da polícia Ketut Untung Yoga.
A segurança também foi reforçada em Poso, nas ilhas Sulawesi, local em que ocorreram episódios de violência entre cristãos e muçulmanos nos anos recentes, e que tem visto o ressurgimento das tensões desde a execução de três cristãos em setembro.
As medidas são uma precaução geral porque a ameaça do terror ainda é grande, disse o porta-voz.
"As igrejas são nossa prioridade", disse ele.
O mais mortífero ataque atribuído ao Jemaah Islamiyah ocorreu na ilha de Bali, em 2002, quando explosões simultâneas em boates mataram 202 pessoas. Depois disso, houve atentados a bomba no Hotel Marriott, em 2003, na embaixada australiana, em 2004, e atentados em Bali no ano passado.
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