Companhia aérea revê proibição do uso da cruz por funcionários

Portas Abertas • 22 jan 2007


A companhia aérea British Airways está mudando sua política de uniformes, a fim de permitir que todos os símbolos religiosos, inclusive crucifixos, sejam usados publicamente.

Nadia Eweida desafiou a proibição da companhia ao usar uma cruz no pescoço (saiba mais). De acordo com uma reportagem publicada pela BBC, a British Airways anunciou uma revisão no ano passado depois do início de uma disputa quando uma funcionária do embarque do aeroporto Heathrow desafiou a proibição usando uma cruz no pescoço.

A companhia agora irá permitir símbolos religiosos como broches e alfinetes de lapela e "alguma flexibilidade para que os funcionários usem um símbolo religioso pendurado em uma corrente". Anteriormente a British Airways proibia crucifixos em correntes, mas permitia o uso de hijabs (véus islâmicos) e turbantes.

A companhia argumentava que esses símbolos deveriam ser vistos como parte do uniforme, já que não podiam ser usados sob a roupa. A distinção foi condenada pela Igreja e por vários políticos.

Nadia Eweida, que mora em Twickenham, Londres, que estava com os vencimentos suspensos desde setembro por causa de sua recusa em parar de usar a cruz no trabalho, comemorou a decisão.

"Eu continuarei a trabalhar como sempre trabalhei. Minha dignidade foi restaurada. Eu sofri por minha fé", ela disse.

Pesquisa

A disputa iniciada por Nadia atraiu a atenção da mídia, e até o primeiro-ministro Tony Blair envolveu-se no caso. Martin Broughton, da British Airways, perguntou a Blair durante uma reunião como a companhia deveria lidar com o caso e o primeiro-ministro aconselhou que eles "agissem de modo sensato".

A companhia sempre argumentou que nunca teve a intenção de discriminar os cristãos em sua política de uso de jóias, mas foi obrigada a acatar as leis anti-discriminação literalmente.

Durante a revisão, a British Airways consultou os funcionários e os clientes, pesquisou a política de uniformes de outras organizações e considerou a opinião da Igreja Anglicana, da Igreja Católica e do Conselho Muçulmano da Grã-Bretanha.

O diretor executivo da companhia, Willie Walsh, disse: "Involuntariamente, nos vimos no centro de uma das questões mais recentes do debate público atual. A maioria dos que foram consultados considerou que um alfinete de lapela era uma opção razoável e aceitável. Para a maioria da nossa equipe, essa foi a opção preferida. Entretanto, alguns responderam que limitar a mudança a um alfinete poderia não satisfazer todos os cristãos. Foram feitas comparações entre o uso de uma cruz no pescoço e o uso de hijabs, turbantes e braceletes sikhs. Por isso, decidimos permitir alguma flexibilidade para que alguns indivíduos usem o símbolo de sua religião em uma corrente".

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