Culto de Pentescostes é alvo de ataque em Belarus

Portas Abertas • 29 mai 2007


Dez oficiais do governo invadiram o culto de Pentescostes promovido pelos membros da Igreja Batista Pentecostal de João, na capital Minsk, no último domingo (27 de maio). O pastor Antoni Bokun e seu ajudante Jaroslaw Lukasik, foram presos. Antoni Bokun passou uma noite no posto policial e foi obrigado a pagar uma multa equivalente a 20 salários mínimos por promover uma reunião de massa não-autorizada, segundo informações do Forum 18.

O advogado Sergei Lukanin, que participou do culto, disse à Corte local que havia quebrado a lei porque essa determinação contrariava a lei de Deus. Ele foi processado com base no artigo 23, item 34, do Código de Violação Administrativo, que pune qualquer tipo de demonstração de massa com uma multa de até 30 salários mínimos locais e 25 dias de prisão.

Na manhã de 28 de maio, o porta-voz do distrito policial de Mink confirmou ao Forum 18 a detenção do pastor Antoni Bokun. E daí?, respondeu o oficial ao ser indagado sobre o caso.

O culto não pode ser feito na igreja, que é registrada junto ao governo, porque as autoridades locais não permitiram que o prédio da igreja fosse utilizado. Por isso cerca de 100 membros da congregação se reuniram na casa do pastor.

De acordo com a Lei de Manifestações, de 2003, todos os eventos públicos necessitam de permissão das autoridades locais para serem realizados. Além disso, a Lei Religiosa de 2002 exige que os locais de culto sejam previamente designados - mesmo que o culto ocorra em uma residência particular.

O assistente da igreja, Jaroslaw Lukasik, será julgado nesta quarta-feira por uma comissão administrativa. Ele é polonês e corre o risco de ser deportado, apesar de sua esposa e filhos serem cidadãos bielorrussos. Ele é investigado pela KGB por sua relação com comunidades protestantes ilegais e por manter atividades que prejudicam a segurança nacional de Belarus.

Durante a invasão ao culto de Pentescostes, o bispo Sergei Tsvor, que estava pregando naquele momento, reconheceu dois oficiais da KGB dentre os dez policiais que participaram da ação. Apenas dois estavam vestidos com o uniforme policial. Os demais estavam à paisana.
 
Jaroslaw Lukasik acha que a intenção da invasão foi capturá-lo, pois ele se negou a assinar a ordem de extradição, marcada para ocorrer no dia 8 de junho. Dois diplomatas poloneses o visitaram neste domingo e ouviram da polícia que ele pode ser condenado a pagar uma multa de 20 salários mínimos ou será imediatamente deportado.

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