Portas Abertas • 2 jan 2007
Na madrugada de 11 de outubro de 2006, Michael Dhaba, de 38 anos, foi assassinado por extremistas muçulmanos. Michael era um evangelista conhecido, dedicado a alcançar os muçulmanos com o amor de Cristo. Por meio de seu ministério, muitos muçulmanos vieram a conhecer a verdadeira paz com Deus.
Mesmo Michael tendo o respeito e a admiração de alguns xeiques, havia alguns que estavam insatisfeitos com a dedicação de Michael em ganhar almas para Cristo. Uma semana antes de sua morte, Michael teve uma visão, que lhe mostrava que ele seria assassinado.
Em 9 de outubro, a igreja Mekane Yesus foi incendiada. Os muçulmanos divulgaram uma lista que continha os nomes de quatro líderes da igreja, e o nome de Michael estava incluído.
Amigos antigos de Michael compartilharam com a Portas Abertas como Michael os encorajava a permanecerem firmes e fiéis: "Quando os muçulmanos queimaram a nossa igreja, estávamos preocupados com Michael, mas ele nos encorajou a não nos assustarmos, já que as autoridades da área prometeram nos proteger".
Na noite de seu assassinato, Michael passou um tempo na casa de um amigo seu, orando e compartilhando a Palavra de Deus. Já era tarde quando ele voltou para casa.
Confessando Cristo
Às 2 horas do dia 11 de outubro, extremistas muçulmanos foram à casa de Michael e exigiram que ele abrisse a porta da frente. Michael se recusou, então eles arrombaram a porta e entraram. Enquanto arrastavam o evangelista para fora de casa, eles diziam à esposa e aos seis filhos do casal que eles deveriam orar na mesquita no dia seguinte.
Os extremistas cercaram Michael no meio de seu terreno, e o forçaram a fazer a confissão de fé islâmica. Ele disse que não sabia a confissão, então os extremistas, impacientes, a recitaram, em árabe: "Não há deus a não ser Alá e Maomé é seu profeta". Michael respondeu em oromo, sua língua nativa: "Eu acredito no nome do Pai, de seu Filho e do Espírito Santo - o único Deus".
Os agressores reagiram, golpeando-o no pescoço com um facão. Apesar da gritaria deles, Michael continuou a confessar Jesus como o Senhor. Eles então atingiram seu braço com um facão e, embora estivesse sangrando e sentindo dor, Michael confessou Cristo mais uma vez aos seus agressores. Com o terceiro golpe, o corpo de Michael estava coberto de sangue.
Sua filha Mariam, de 12 anos, suplicou em prantos para os extremistas não matarem seu pai, mas foi em vão. Meskele e seus filhos ficaram em pé, desamparados, enquanto testemunhavam o martírio de Michael.
A família traumatizada tentou fazer o melhor que pôde para ajudar Michael. Não havia quem os pudesse ajudar. Michael morreu enquanto orava por sua família.
Dor e privação
Meskele e seus filhos vivem agora com o pai de Michael, em uma área remota da Etiópia. Ela tem muito medo de voltar à sua antiga casa. Além do trauma, Meskele e seu sogro estão bastante desanimados e tristes com a morte de Michael. Entretanto, eles estão determinados a seguir Cristo, mesmo com a dor.
A Etiópia envolveu-se na crise da Somália, enviando soldados para ajudar o governo interino somali a combater as milícias da União das Cortes Islâmicas, uma força guerrilheira cujo objetivo seria o de transformar a Somália num Estado islâmico. Acredita-se que a Al-Qaeda e o governo da Eritréia (inimigo histórico da Etiópia) estejam apoiando as milícias rebeldes. Esse estado de guerra faz com que o número de refugiados na região aumente a cada dia, agravando a crise humanitária que afeta também os etíopes.
Atualmente, Meskele não tem nenhuma renda. Uma igreja da região tenta ajudar ela e seus filhos, mas há outros cristãos que também dependem da ajuda da igreja, pois a comunidade é muito pobre. Nenhum de seus seis filhos está freqüentando a escola, já que Meskele não pode pagar as mensalidades.
A Portas Abertas deu ajuda à família de Meskele, levando comida para dois meses, roupas, utensílios domésticos, roupas de cama e colchões.
Michael foi a única pessoa da lista a ser assassinada. Os outros três líderes da igreja fugiram da área logo depois de a lista ter sido divulgada.
Michael havia feito quatro anos de estudos teológicos por correspondência. Ela era evangelista em tempo integral havia mais de 10 anos e seu objetivo era plantar igrejas e evangelizar muçulmanos.
A Portas Abertas iniciou uma campanha de cartas para essa família. Clique aqui e veja como participar!
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