Instigador de campanha anticristã é pego em escândalo de corrupção na

Portas Abertas • 30 dez 2003


Uma das vozes mais ouvidas na campanha contra o cristianismo foi pego em um escândalo de corrupção de alto nível em novembro último. O escândalo, que balançou o Partido da situação Bharatiya Janata, pró-hindu (PBJ), foi propalado como sendo uma conspiração cristã nos círculos tribais de Chattisgarh, norte da Índia, onde as conversões são o gancho das campanhas eleitorais.

Dilip Singh Judev, Ministro de Estado do Meio Ambiente e Florestas no governo federal, foi gravado em vídeo pelo jornal Indian Express no dia 15 de novembro quando aceitava uma propina de milhões de rupias para conceder os direitos de mineração para uma terra protegida nos Estados de Chattisgarh e Orissa.

O escândalo surgiu a apenas uma quinzena antes das eleições estaduais, onde o Sr. Judev estava em campanha para desalojar o ministro chefe Ajit Jogi, um cristão. O partido PBJ, representado por Judev, venceu a eleição apesar dele ter sido desqualificado.

Fontes importantes alegam que Judev foi a mão invisível por trás do assassinato do missionário australiano, Graham Staines e de seus dois filhos. Ele patrocinou a defesa legal de Dara Singh, o assassino de Staines, e provocou os protestos dos cristãos quando alegou que a morte de Staines fora o trabalho de certas forças determinadas a marcar os hindus como sendo fanáticos e sedentos de sangue
As primeiras leis anticonversão em Orissa e Arunachal Pradesh foram o resultado de campanhas incansáveis e maldosas de Judev, que também propôs uma lei de âmbito nacional.

Judev é em grande parte responsável pela transformação do cinturão tribal da Índia central na pátria da reconversão. Em 1952, seu avô, Raja Vijav Bhushan Singh Deo, doou terras nesta região para estabelecer a Vanvasi Kalyan Ashram, um centro de treinamento para a organização militante hindu, a Rashtriya Swayamsevak Sangh (RSS).

O principal objetivo do Vanvasi Kalyan Ashran era e ainda é reconventer os cristãos tribais ao hinduismo - apesar do fato de muitos deles serem originalmente animistas e não hindus.

No início deste ano, Judev prometeu reconverter 30 mil cristãos ao hinduísmo dentro de 12 meses.

O RSS apoiou firmemente Judev numa declaração pública no dia 19 de novembro, alegando que a fita de vídeo produzida pelo Indian Express era uma conspiração cristã. Altos líderes do RSS disseram que não queriam atrapalhar o partido governante, o PBJ, quinze dias antes das eleições.

Se não dermos apoio a Judev nesta conjuntura, isso irá prejudicá-lo muito e afetará o moral do PBJ. E se ficarmos quietos, novamente serão atribuídos motivos ao nosso silêncio e será interpretado como nossa raiva contra Judev. Foi nesse contexto que decidimos falar em favor de Judev, disse um líder Sangh.

Enquanto isso, o alvoroço sobre o escândalo de corrupção continua. Membros do Parlamento pediram um processo crime contra Judev. Se condenado, suas ações podem levá-lo à sentença de prisão. Neste momento, nenhuma ação foi tomada.

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