Portas Abertas • 27 set 2007
O iraniano Ali Panah passou 53 dias em jejum, na prisão Auckland, na Nova Zelândia, com o intuito de impedir sua deportação para o Irã, onde uma sentença de morte o aguarda por ter se convertido do islamismo para o cristianismo.
"Eu achei Ali Panah espiritualmente forte e muito determinado, mas o corpo dele está muito debilitado", disse Keith Locke, parlamentar e porta-voz de direitos humanos do partido Verde.
“O estômago dele e o fígado estavam doloridos e ele perdeu muito peso da última vez que o vi’”, disse o parlamentar.
“Em minhas quatro visitas a Ali ficou absolutamente claro que ele é um cristão dedicado. Tudo o que ele está fazendo, incluindo o jejum, tem uma inspiração religiosa. Todas suas conversações são temperadas com referências bíblicas. Poucos cristãos poderiam citar melhor capítulo e verso que ele”, contou Keith.
Felizmente os apelos para que ele deixasse a prisão foram ouvidos e as autoridades do país o deixaram sob os cuidados e responsabilidade de um arcebispo local.
Perseguição religiosa
"Seria bastante simples conceder a Ali um visto temporário, enquanto o ministro observa novamente os aspectos do caso, particularmente porque ele é perseguido no Irã por ser um convertido do islã para o cristianismo e pode ser morto”, disse Keith.
Ali Panah vive há anos na Nova Zelândia, onde entrou ilegalmente, mas fez um pedido de asilo político. No entanto, só recentemente o pedido foi avaliado, e negado. Por isso ele foi preso e esteve prestes a ser deportado para o Irã.
“Ali é um homem gentil, um cristão tolerante com todas as outras religiões. Ele merece o melhor da Nova Zelândia", defendeu o parlamentar.
O caso dele ainda não está resolvido, mas pelo menos a ameaça iminente de deportação foi suspensa.
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