Portas Abertas • 28 set 2007
O primeiro-ministro de Belarus, Aleksandr Kosinets, anunciou que "todos os clérigos católicos romanos estrangeiros podem receber ordens de deixar o país," relatou o Serviço de Imprensa Adventista. A maioria dos 350 padres que servem em Belarus nasceu no exterior.
A ameaça de banir todos os clérigos estrangeiros, a ser analisada nos próximos meses, começou quando a agência de notícias russa "Interfax" relatou que o Vaticano e o governo de Belarus estão negociando um acordo entre o poder secular e religioso, a fim de estabelecer "as diretivas legais da Igreja Católica" neste país de maioria ortodoxa.
Nos últimos 12 anos, o número de clérigos católicos em Belarus aumentou quatro vezes, bem como a perseguição aos cristãos em geral.
Há 432 paróquias no país, unidas por meio de quatro dioceses. Estimativas indicam que 17% dos cristãos de Belarus sejam católicos.
"Eu acredito que o Vaticano esteja interessado em concluir um acordo com a República de Belarus", disse o líder da Comissão de Direitos Humanos e Relações Étnicas, Yury Kulakovsky.
Analistas sugerem que a administração cada vez mais isolada do presidente Alexander Lukashenko deseja controlar todas as igrejas no país. Belarus mantém a Igreja Ortodoxa oficial por causa dos laços de proximidade com Moscou desde o colapso da União Soviética em 1991.
Porém, os cristãos não-ortodoxos especialmente ativos, como os protestantes e denominações evangélicas batistas e pentecostais, entre outras, têm sido alvo de intensas pressões por parte do governo (leia mais).
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