Portas Abertas • 2 out 2007
O coronel norueguês Bo Brekke, 50 anos, foi morto na última quinta-feira, 27 de setembro, logo após presidir uma reunião do Exército da Salvação em Lahore, capital da província de Punjab e segunda maior cidade do Paquistão, segundo informações do Serviço Adventista de Imprensa, sediado na Suíça (APD, sigla em inglês).
A polícia deteve um homem supostamente envolvido no assassinato. A motivação para o crime, entretanto, ainda não foi esclarecida.
A esposa do coronel, Birgitte Brekke, estava em Londres, para participar de reuniões na sede internacional do Exército da Salvação, disse a APD. Ela voou imediatamente para a Noruega para se reunir com os dois filhos.
Bo e Birgitte Brekke começaram a trabalhar para o Exército da Salvação no Paquistão em setembro do ano passado, servindo também no Sri Lanka e em Bangladesh.
O funeral de coronel Bo Brekke foi marcado para esta semana, em Oslo, na Noruega, informou o general Shaw Clifton, do Exército da Salvação.
Talentos incomuns
"O coronel Bo Brekke era um líder de Exército da Salvação de talentos incomuns e distintivos. Ele e a esposa, a coronel Birgitte Brekke, eram conhecidos pela compaixão para com os marginalizados", disse Shaw Clifton.
O Exército da Salvação sempre foi ativo no Paquistão como parte de sua missão mundial para difundir a fé cristã e a educação, em ações para o alívio da pobreza, e "outros tipos de caridade em benefício da social".
O Exército da Salvação trabalha em 111 países, envolvendo mais que 1,5 milhão "salvacionistas" e 100 mil empregados.
Notícias do último incidente fazem parte das preocupações crescentes de ataques e ameaças contra cristãos no Paquistão, freqüentemente praticados por militantes muçulmanos.
Dias antes do último assassinato, surgiram relatos de que um funcionário paquistanês no distrito do norte de Swat havia advertido professoras e estudantes a vestirem o traje islâmico, por causa das ameaças de militantes talibãs na área.
Desde o início de julho, extremistas de Swat fazem uma campanha de islamização após a sanção o severa do governo na mesquita de Lal Masjid, em Islamabad, o que ativou reações violentas.
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