Portas Abertas • 16 out 2007
O Escritório de Segurança Pública Municipal de Beijing (PSB) emitiu uma advertência pública notificando os proprietários de imóveis na China para não alugarem casas com a finalidade de servirem para cultos e atividades religiosas sem registro oficial, de acordo com a Associação de Ajuda à China (CAA, sigla em inglês).
A CAA também relata que o proeminente advogado de direitos humanos Gao Zhisheng e sua família foram novamente presos por falarem contra os abusos cometidos pelas autoridades chinesas na preparação para os Jogos Olímpicos de Beijing 2008 (leia mais).
De acordo com reportagem publicada pela "Beijing Evening News", no dia 5 de setembro passado, a notificação recebida pelos proprietários de imóveis determinava que eles, por iniciativa própria, deveriam se recusar a alugar suas propriedades para "cinco tipos de inquilinos", entre eles, "aqueles que se ocupam com atividades religiosas ilegais".
A polícia, por sua vez, recebeu a solicitação para "organizar o pessoal de todo o escritório e as delegacias de polícia locais para uma inspeção intensiva" sobre o cumprimento da "política de aluguel."
Segundo relatórios da CAA, muitos cristãos de igrejas domésticas em Beijing pararam de se encontrar ou deixaram Beijing. O líder de uma igreja contou que "esta é claramente uma tática nova para perseguir igrejas antes dos Jogos Olímpicos de Beijing".
Situação preocupante
Em um incidente separado, a CAA relata que membros de uma igreja doméstica, as irmãs Guo e Li, foram presas no dia 2 setembro e estão detidas no Centro de Huoch Detenção Municipal de Huocheng , na província de Xinjiang.
"É profundamente preocupante que as autoridades chinesas continuem a mirar defensores de direitos humanos proeminentes como Gao Zhisheng e levem tais medidas como estas restrições imobiliárias parar interromper o culto cristão", disse Stuart Windsor, diretor da Christian Solidarity Worldwide (CSW).
© 2024 Todos os direitos reservados