Partido se retira do governo e instala crise no Sudão

Portas Abertas • 13 out 2007


O partido governista da região autônoma do sul do Sudão retirou-se na quinta-feira (11/10) do governo de unidade nacional com o norte do país, aplicando um duro golpe contra um frágil acordo de paz que encerrou duas décadas de guerra civil no país africano. Essa situação foi justamente um dos principais pedidos de oração feitos por uma missionária do Sudão, à Portas Abertas, nos últimos dias.

O Movimento de Libertação do Sul do Sudão acusou o governo de Cartum de reter a implementação do Amplo Acordo de Paz de 2005, especialmente as provisões referentes às fronteiras entre o norte e o sul, uma questão bastante sensível porque abrange algumas das áreas de maior produção de petróleo do país.

A deterioração do acordo de paz entre o norte árabe muçulmano e o sul cristão animista do Sudão tem alimentado preocupações em governos estrangeiros. A questão vinha sendo ofuscada pelo conflito na região de Darfur, no oeste do país.

Faça uma campanha de intercessão

Ore pelos cristãos que vivem no Sudão e pelos estrangeiros que podem ser alvo de seqüestros para financiar a guerra. Se você conhece alguma missão que mantenha atividades no país, contribua financeiramente, pois segundo nos contou a missionária local, aluguéis e alimentos são caros.

Apesar da extrema pobreza na qual se encontram dezenas de milhares de pessoas, por causa do petróleo, há também muita riqueza concentrada - infelizmente nas mãos daqueles que lucram com a miséria e com a guerra civil. Ore pela mudança deste quadro.

"É um grande desafio levar a Palavra para um povo tão sofrido e que está acostumado a receber ajuda humanitária", contou a missionária.

Certa vez ela ouviu: "Jesus vai me dar um pedaço de pão?" Ela contou que em alguns campos de refugiados ouve-se apenas o choro das mães que perderam seus filhos por falta de condições sanitárias adequadas, médicos e alimentos. 

Risco

Observadores advertem que a retomada da guerra entre o norte e o sul do Sudão afetaria o país como um todo, causando ainda mais sofrimento do que o provocado pelo conflito em Darfur.

"O Movimento de Libertação do Sul do Sudão retirou todos os ministros e todos os conselheiros presidenciais do governo de unidade nacional", disse o secretário-geral do partido, Pagan Amum.

De acordo com ele, os 18 ministros e três conselheiros do Movimento de Libertação do Sul do Sudão ficarão afastados do governo central até que o norte pare de "violar" o acordo de paz e mostrem disposição para implementar seus dispositivos.

O governo central, estabelecido em Cartum, e a ONU ainda não se pronunciaram sobre o anúncio do Movimento de Libertação do Sul do Sudão.

(Texto acrescido de informações da Portas Abertas)

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