Portas Abertas • 5 dez 2007
Um cristão paquistanês recebeu uma carta que dizia "converta-se ao Islã ou morra" depois de corajosamente abrigar sua prima Martha Bibi – uma mulher que foi acusada de blasfêmia em janeiro e depois solta por meio de fiança em maio desse ano.
Martha serviu durante três meses e 13 dias em uma prisão depois de ser acusada de fazer comentários depreciativos contra o profeta sagrado muçulmano, Maomé ( entenda o caso).
Bibi foi viver com seu primo Mushtaq, de 27 anos, no distrito de Kasur, que fica 55 km a sudeste de Lahore.
Depois da libertação de sua prima (leia mais), o jovem cristão recebeu uma carta anônima que o alertava sobre as "conseqüências" de ter abrigado Martha em 11 de outubro.
"Se você não se converter ao Islã dentro de 10 dias e admitir o seu erro, você certamente será morto. Nós mataremos a mulher que blasfemou contra o profeta , seu marido, e aqueles que os abrigaram", dizia a carta citada pelo chefe do Ministério Compartilhando Vida no Paquistão, Sohail Johnson.
Professor e evangelista em meio período, Mushtaq disse ao ministério que ele receava injúrias da parte dos radicais islâmicos, mas arriscou abrigar sua prima.
Sentimento de culpa e insegurança
Sohail disse que Martha Bibi se sente culpada e preocupada com as ameaças de morte contra seu primo Mushtaq.
"Ele está recebendo ameaças de morte por minha causa", disse Martha. "Até mesmo esse lugar não é nada menos do que uma prisão para mim. Eu não me sinto segura nem em ir ao mercado para comprar legumes. Meu advogado sugeriu que eu não saísse".
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