Portas Abertas • 21 jan 2008
Em uma ação sem precedentes, quatro líderes de igrejas domésticas na China foram soltos de um campo de trabalhos forçados na província de Hubei, na semana passada, após intervenção legal da Associação de Ajuda à China ( CAA, sigla em inglês).
Em uma decisão inédita e conturbada, no último dia 8 de janeiro, o Comitê de Reeducação da Província de Hubei decidiu rever a ordem de manter os quatro cristãos presos indo contra à decisão do Comitê de Trabalhos Forçados da Região Autônoma de Enshi. Depois da deliberação, os líderes foram soltos.
Segundo um porta-voz da CAA, quatro líderes homens e cinco líderes mulheres foram presos e condenados a 18 meses e 12 meses de reeducação, respectivamente, no dia 6 de agosto de 2007, depois de terem sido detidos no dia 15 de julho ao serem flagrados em um culto na casa do senhor Qin Daomin.
Acusação
Eles foram acusados do pelo crime “de se envolver e organizar um culto de má fé, com o objetivo de arruinar a execução das leis estatais”.
Desde então, duas mulheres estão cumprindo suas sentença em prisão domiciliar porque seus bebês estão doentes. As demais estão no campo de trabalhos forçados.
No dia 9 de outubro de 2007, a CAA ajudou a contratar o advogado Wu Chenglian, de Beijing, que pediu uma revisão legal administrativa da pena e do julgamento à Província de Hubei.
Depois de três meses de deliberações, segundo o porta-voz da CAA, a decisão final foi anunciada, para a alegria destes cristãos:
"Depois de revisar o pedido dos candidatos para a reconsideração, rever as evidências no caso e considerar suas respostas, este comitê acredita que a decisão de educação no campo de trabalhos forçados de En Zhou Lao Jue Zi (2007) , de número 00038, do Comitê Administrativo de Reeducação da Região Autônoma de Enshi, não está baseado em fatos, mas não é apoiada em evidências suficientes."
Agradecimento e pedidos de oração
Bob Fu, presidente da CAA, disse: "Nós verdadeiramente estamos agradecidos com a decisão do governo de Hubei. Esta é claramente outra vitória sobre as leis da China. Nós esperamos o mesmo para as três líderes presas em um campo de trabalhos forçados, porque elas estão relacionadas no mesmo caso. Orem por isso”.
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