Portas Abertas • 17 mar 2008
Depois de adiar por três semanas, as autoridades policiais de Ankara ordenaram uma escolta armada para Orhan Kemal Cengiz, o procurador turco que lidera a equipe de advogados de defesa das famílias dos cristãos mortos em Malatya.
Cengiz requisitou proteção policial em 8 de fevereiro, depois de uma série de ameaças abertas contra sua vida e a nítida evidência de que seus telefones e sua correspondência de email estavam sendo vigiadas. Cengiz trabalhou por oito anos como conselheiro legal para a Aliança Turca de Igrejas Protestantes.
Na semana passada, dois deputados de oposição pediram uma investigação parlamentar sobre os recentes ataques a líderes cristãos turcos e não-muçulmanos, declarando que estes incidentes violentos não eram “nem acidentais nem individuais”.
Deputados do Partido Republicano Sukru Elekdag e Onur Oymen alertaram que se ataques como esses continuarem, a imagem da Turquia será gravemente afetada.
Incidentes de intimidação e violência contra cristãos
Em um relatório apresentado a Comissão de Direitos Humanos do parlamento turco em 14 de janeiro, protestantes turcos notaram que 2007 foi um “ano negro” com um “efeito sério e negativo” sobre a pequena comunidade.
Além do massacre de Malatya ( leia mais) , o relatório citou 19 incidentes específicos de intimidação e violência contra líderes de igrejas e construções reportados oficialmente por autoridades de segurança da Turquia.
Os protestantes acusaram as atuais “campanhas de provocação” incitando a sociedade turca contra grupos não-islâmicos e retratando “as atividades missionárias” como crime, até mesmo nos níveis mais altos do Estado ( leia sobre a campanha promovida pela mídia turca).
“Não-muçulmanos na Turquiao alvo principal, particularmente para grupos radicais”, indicou o relatório.
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