Dmitry Shestakov continua preso sob condições desumanas

Portas Abertas • 10 jun 2008


Dmitry Shestakov ainda está na prisão de Navoi, no centro do Uzbequistão. Condenado em março 2007 a quatro anos de reclusão por atividades religiosas, ele teve a anistia negada em dezembro de 2007. E ainda terá de enfrentar quase três anos de detenção.

Os familiares dele moram na cidade de Andijan que fica a uma distância de cerca de 830 quilômetros de Navoi. De Andijan para Tashkent, a capital, a distância é de 362 quilômetros. O trem expresso leva aproximadamente cinco horas e meia de Tashkent. É uma viagem longa e cara para Marina, a esposa dele.

Marina e as filhas estão razoavelmente bem, mas Dmitry perdeu um pouco de peso. Uma campanha de envio de telegramas para o aniversário de Dmitry, em abril, foi um sucesso.

Ele recebeu mensagens do mundo inteiro (não realizamos esta campanha no Brasil devido aos custos e a dificuldade dos Correios em digitar as mensagens na língua e grafia uzbeque). Porém, os telegramas ainda não foram entregues a Dmitry, pois tiveram que ser lidos antes e muitos acabaram censurados.

Por favor, ore para que sejam dadas a eles a incrível benção do encorajamento e da longanimidade. A igreja de Dmitry já não pode se reunir separadamente e eles tiveram que se juntar a uma igreja registrada em Andijan.

Leia mais sobre a condenação do pastor Dmitry, aqui.

Ambiente insalubre

A cidade de Navoi ganhou este nome por causa do poeta Alisher Navoi, que viveu ali no século 15. Contudo, não há nada de poético na cidade de 128 mil habitantes. Ela foi construída pelos russos para ser uma cidade industrial.

A área é rica em gás natural, petróleo e metais preciosos. Muitas indústrias químicas e de mineração extrativista estão se instalando ao redor de Navoi. Há um contraste notável entre o ambiente poluído e insalubre de Navoi e as áreas agrícolas férteis em outras partes de Uzbequistão.

A prisão onde está Dmitry foi construída para abrigar 1500 pessoas. Um relatório russo sobre as condições dessa prisão afirma que há na realidade mais do que o dobro de prisioneiros. As celas estão lotadas e instalações para banho raramente estão funcionando. Drogas podem ser facilmente obtidas e muitos prisioneiros sofrem de tuberculose e HIV.

Risco de morte

Por causa do trabalho na área industrial, as torturas na prisão, a falta de comida, a falta de qualidade da água, as condições insalubres e as temperaturas extremas, tanto no inverno quanto no verão, a taxa de mortalidade é muito alta.

As temperaturas podem facilmente ultrapassar os 40°C no verão e ficar abaixo de zero no inverno. Os prisioneiros sabem que toda e qualquer queixa acaba resultando em dificuldades maiores para eles. Por isso reina em absoluto a falta de esperança e a resignação naquele local.

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