Portas Abertas • 30 jun 2008
Eleita pela revista Time como uma das cem personalidades mais influentes do mundo e premiada por seu trabalho a favor da liberdade de expressão e dos direitos das mulheres, a ativista política e escritora somali Ayaan Hirsi Ali, que teve uma vida de revezes e sofreu na pele as brutalidades do fundamentalismo religioso, está no Brasil para uma série de palestras.
Hoje, ela participa do evento Fronteiras do Pensamento Copesul Braskem, às 19h30, no Salão de Atos da UFRGS, em Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Amanhã, terça-feira (1), às 20 horas, ela estará em Salvador, na Bahia, onde dará uma palestra no Teatro Castro Alves, para falar sobre como tem vivido os últimos anos.
Ayaan Hirsi Ali sofreu excisão do clitóris aos cinco anos de idade, na maturidade rompeu com o Islã e fugiu do seu país para a Holanda, onde conseguiu asilo político para não ser casada a força pelo próprio pai.
Mais tarde, em 2004, teve seu companheiro de trabalho, o cineasta Theo van Gogh, assassinado por conta do filme Submissão, que ela roteirizou e que criticava a situação da mulher no Islã.
Também jurada de morte, desde então, vive debaixo de um forte esquema de segurança – que se reproduz no Brasil.
Parece um contrasenso que a vida da ex-deputada esteja em risco apenas porque tem a utopia de que os indivíduos sejam vistos pelo que valem como um todo, não pelo que a cor de sua pele, seu gênero ou sua religião represente.
Foi sobre isso que ela conversou com a repórter Ceci Alves, do jornal “A Tarde”, na qual revela que, apesar de tudo, não perdeu a esperança no homem. Leia a entrevista completa dela, aqui.
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