Portas Abertas • 15 out 2008
Britânicos querem pressionar o Paquistão para melhorar os direitos religiosos da minoria dos cristãos.
Fontes revelam que a decisão se deu em meio a violentos ataques e às controversas leis de blasfêmia, que podem acarretar em pena de morte.
Em recentes reuniões com monitores de direitos humanos, o ministro do Interior do Reino Unido, Tony McNulty, disse que poderia reivindicar que as autoridades do Paquistão eleitas recentemente respeitem os direitos dos cristãos no país. McNulty é responsável pela segurança e contra-terrorismo.
O Centro de Ajuda Assistencial e Abrigo Legal (CLASS, sigla em inglês), com sede em Londres, disse que seus representantes se encontraram com McNulty para uma reunião no dia 27 de setembro.
“O objetivo dessa reunião foi dar informações ao senhor McNulty sobre a crescente perseguição aos cristãos no Paquistão, e pedir sua ajuda para notificar a causa dos cristãos perseguidos ao Ministério de Relações Exteriores e ao governo do Paquistão.
Extremismo religioso
O CLAAS disse ter mencionado que é “o extremismo religioso que nutre a intolerância no Paquistão, especialmente através do uso errado das leis da blasfêmia; a conversão forçada dos cristãos ao islamismo; e a situação dos cristãos paquistaneses buscando asilo no Reino Unido”.
O grupo também disse que, de acordo com a lei, um homem hindu chamado Jagdesh Kumar foi executado no início deste ano. Três outros cristãos ainda podem ter o mesmo destino, após terem sido acusados de blasfêmia na semana passada, enquanto dois outros, na lista dos “procurados”, estão foragidos.
“Extremistas muçulmanos estão tomando a lei em suas próprias mãos, e cristãos inocentes não têm a chance de provar que não são culpados”, contou o grupo para a agência de notícias BosNewsLife. Além disso, eles sofrem a pressão por parte de suas próprias famílias, disse o CLAAS.
O grupo mencionou um caso recente de um cristão, Abid Hamid, que se converteu ao cristianismo: “Sua família, seus amigos e seus colegas de trabalho o abandonaram e disseram que ele era ‘infiel’ e até mesmo louco. Apesar de Abid estar triste e ter o coração partido por perder a sua família e o amor deles, ele está firme em sua nova fé, orando e crendo que Deus mudará o coração dos seus familiares e amigos”, afirmou o CLAAS.
McNulty também foi informado de que, no Paquistão, as moças e as crianças cristãs são forçadas a se converterem ao islamismo, caso confirmado no dia 10 de setembro. Em setembro, um tribunal paquistanês concedeu a custódia de uma garota cristã de 13 anos ao muçulmano acusado de raptá-la (leia mais).
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