Portas Abertas • 28 out 2008
O médico homeopata Robin Sardar, preso em maio e acusado por blasfêmia em setembro deste ano, entrou com pedido de liberdade sob pagamento de fiança no Supremo Tribunal do Paquistão.
O pedido havia sido rejeitado pelo Tribunal Superior de Lahore. Advogados da Aliança Geral das Minorias do Paquistão (APMA, sigla em inglês) apelaram em outubro para o Supremo Tribunal do país.
Saiba mais sobre o caso.
Enquanto a audiência de Robin estava em andamento em 18 de outubro, um grupo armado, formado principalmente por alunos de madrassas (escolas religiosas islâmicas), ficou do lado de fora do tribunal, aparentemente tentando influenciar a decisão do juiz. Com gritos, exigiam que Robin fosse sentenciado à morte.
Os advogados da APMA encontraram-se com o médico apesar das ameaças de extremistas. Um deles citou estas palavras de Robin: “Minha fé em Jesus se tornou mais forte durante esse tempo de dificuldade. Deus irá me livrar desse problema”.
Shahbaz Bhatti, diretor da APMA, garantiu que vai continuar lutando até que Robin seja absolvido. “Iremos aonde for preciso para assegurar a justiça nesse caso.”
Condenando as controversas leis de blasfêmia do Paquistão, Shahbaz disse que essas leis geram medo e incerteza entre os cristãos do Paquistão. Segundo ele, tais leis atrapalham as tentativas de promover um ambiente harmonioso entre diferentes credos no Paquistão, e também de assegurar absoluta liberdade religiosa para as minorias no Paquistão.
A APMA é uma organização que reúne diferentes grupos voltados para as minorias paquistanesas. Shahbaz disse que a APMA tem oferecido ajuda legal, assistência, abrigo e reabilitação às vítimas de acusações de blasfêmia por muitos anos.
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