Portas Abertas • 6 fev 2009
Um grupo de assistência (ou Socorro, ajuda) dos Estados Unidos foi expulso do Sudão depois que oficiais encontraram milhares de Bíblias em árabe empilhadas no escrtitório.
As autoridades sudanesas disseram à Suna, uma agência de notícias, que encontraram 3.400 cópias do Livro sagrado Cristão no escritório da instituição Thrist No More (Sede nunca mais) em Darfur, região completamente muçulmana.
Os oficiais disseram a agência que decidiram expulsar o grupo do Texas “por violarem o Ato de trabalhos voluntários, as leis do país e os registros das organizações no Sudão”.
Os regulamentos demandam que todos os grupos deem detalhes de suas atividades a Comissão de ajuda humanitária do governo do Sudão, e não é permitido que iniciem outros projetos sem a aprovação do estado.
Suna diz que a Thirst No More deveria estar na região dos campos de guerra, fornecendo água. Ela “descumpriu sua função” ao possuir tantas bíblias, disse Osman Hussein Abdalla.
O diretor da Thirst No More, Charlie Michalik, confirmou que os oficiais estavam investigando o trabalho da organização, mas se recusou a entrar em mais detalhes.
O site da TNM descreve seu trabalho em Darfur com o foco em consertar e fabricar poços, e não menciona evangelização ou outros trabalhos com fundamentação religiosos.
A grande maioria dos grupos de assistência em Darfur, incluindo os que possuem base religiosa, assinam voluntariamente um código de conduta com a Cruz Vermelha, que diz que o socorro não deve ser pretexto para “divulgar uma visão política ou religiosa específica”
A liberdade religiosa é sagrada na constituição do Sudão, criada após um acordo de paz que encerrou duas décadas de guerras entre o sul, maioria cristã e animista, e o norte, que inclui Darfur, maioria muçulmana.
Mas a apostasia, que muitos muçulmamos dizem não existir mais na lei no norte do Sudão, permanece controversa.
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