Portas Abertas • 7 ago 2009
Atendendo a provocações de líderes muçulmanos locais, a polícia no oeste de Bangladesh torturou um pastor e outros dois cristãos por proclamarem Cristo.
Habibur Rahman, 45, pastor da Igreja Boalia Spiritual (Boalia Ruhani Jamat), no distrito de Cuadanga, disse que estava indo se encontrar com outras pessoas para a reunião mensal sobre evangelismo, quando a polícia o atacou e o agrediu, e também a Zahid Hassan, 25, e outro cristão identificado como Fazlur.
A primeira pergunta do comandante foi: “Por que você se tornou cristão?”.
“Fazendo uso de palavras difíceis, o comandante me acusou de ensinar a Bíblia e converter pessoas naquela área”, contou o pastor.
Em maio, o delegado de polícia havia ameaçado agredi-lo em um culto, mas não foi bem informado quanto ao horário, e não conseguiu seus objetivos, diz Rahman.
A polícia arrastou os homens para um veículo próximo e os transportou para o acampamento da polícia, em Shamyunagar.
“Os policiais nos disseram: ‘Ensinaremos vocês a esquecer Cristo’, enquanto nos arrastavam para o automóvel.”
Quando chegaram ao acampamento, os oficiais os vendaram e os levaram para salas separadas.
“Eu ouvia gritos horripilantes vindo das outras salas. Estava sentado no chão, vendado. Não conseguia compreender o que estava acontecendo ao meu redor. Depois, os policias vieram até minha sala, chutaram minha nuca, e minha cabeça bateu contra a parede; eles também deram golpes em minha cintura”, relata o pastor.
Ordenando que ele dissesse quantas pessoas haviam se convertido para o cristianismo, o comandante afirmou que o chutaria o mesmo número de vezes. Os oficiais falaram para o pastor clamar por Jesus, afirmando que queria ver como Jesus iria salvá-lo.
“Enquanto nos agredia fisicamente, a polícia nos garantiu que não haveria cristãos naquela área. Eles feriram nossas mãos, lábios, coxas e rostos com cigarros. Nos agrediram com paus. Foi assim durante uma hora.
Os policiais disseram para Rahman admitir o que quer que fosse que ele já havia feito de errado na vida. Quando os homens chegaram na delegacia de Boalia na manhã seguinte, dezenas de cristãos esperavam para conseguir a libertação.
Eles diziam: “Também somos criminosos, porque acreditamos em Cristo como Habibur Rahman e os outros dois homens. Se vocês não os soltarem, então devem nos prender também”.
Os três homens só foram libertos à noite.
O pastor Rahman afirma: “O chefe administrativo disse que ninguém deveria interferir na religião do outro, mas no momento não podemos ir à igreja para cultuar. Entramos nos templos vivos, mas voltamos para casa mortos”.
© 2024 Todos os direitos reservados