Quatro prisioneiros de Acteal terão novo julgamento

Portas Abertas • 25 set 2009


Além dos 20 presos recentemente libertados de El Amate, o Supremo Tribunal decidiu reintegrar o caso de outros quatro presos.

Esses quatro casos foram mandados de volta para um tribunal inferior em Chiapas, a fim de ser novamente julgado. A partir desse resultado é que será determinada a inocência ou culpa dos prisioneiros.

Os quatro homens são Javier Vazquez Luna, Lorenzo Pérez Vázquez, Hilario Luna Pérez, e Alfredo Hernández Ruiz.

Em 13 de agosto, 20 cristãos que foram soltos da prisão de Amate, inocentados de terem participação na chacina de Acteal (saiba mais).

Dessa vez, o Supremo Tribunal retirou os falsos testemunhos e provas, apresentados pelo promotor federal no caso original desses quatro homens. Uma investigação nova será feita, e se colherão novas provas.

A investigação terá de estudar o porquê eles foram imediatamente identificados como os assassinos em vez de terem sido detidos. Ela deve durar cerca de um ano.

Vale notar que isso não significa que eles sejam culpados, já que muitos foram considerados assassinos, e muitos os depoimentos eram falsos. Todas as provas apresentadas até agora apontam para a inocência de três prisioneiros.

Para o terceiro, Lorenzo Pérez Vázquez, o processo será mais difícil. Alguns anos atrás, ele confessou ser responsável pela chacina de 22 de dezembro de 1997. Mais tarde, porém, reivindicou ser inocente, e disse que só confessou porque os verdadeiros culpados, que estão presos, o pressionaram. Esses depoimentos ainda serão avaliados por uma instancia judiciária inferior a fim de determinar o nível de envolvimento de Lorenzo no crime.

Sergio, o representante legal da Portas Abertas que atua na defesa dos prisioneiros, acredita que os três prisioneiros devem ser inocentados de uma vez, embora reconheça que o processo é longo, já que o caso terá de ser revisto desde o começo. Entretanto, ele está confiante de que, agora, os prisioneiros terão um julgamento justo, e o tribunal agirá conforme o previsto por lei.

"O Supremo Tribunal foi enfático sobre a falta de profissionalismo que as instâncias inferiores mostraram nesse caso. A mídia nacional está de olhos no tribunal. Esperamos que a combinação dessas coisas faça com que o julgamento seja justo", disse Sergio.

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