Portas Abertas • 2 mar 2010
A agência de notícias International Christian Concern (ICC) foi informada de que o tribunal paquistanês condenou um cristão à prisão perpétua por, supostamente, fazer comentários “degradantes” sobre o Alcorão e Maomé.
O jornal paquistanês Dawn relatou que o tribunal também multou Qamar David em 101.000 rúpias paquistanesas (US$ 1.187,00).
David foi preso em 2006 por supostamente divulgar mensagens blasfemas de seu celular.
Ele é o segundo cristão a ser condenado à prisão perpétua por acusações de blasfêmia nos últimos dois meses. No dia 11 de janeiro, um tribunal no Paquistão condenou Imran Masih, depois que um vizinho muçulmano o acusou de queimar o Alcorão.
Profanar o Alcorão e blasfemar contra o nome de Maomé são atos puníveis em prisão perpétua e pena de morte, respectivamente, de acordo com as seções 295 (B) e 295 (C) do código penal do Paquistão. Os muçulmanos no país usam a lei de blasfêmia para perseguir os cristãos e outras minorias religiosas. No dia 31 de julho de 2009, um grupo de muçulmanos incendiou duas igrejas e 80 residências cristãs no vilarejo de Korian, devido à acusações falsas de profanação do Alcorão. No dia seguinte, o grupo matou 11 cristãos em Gojra.
Jonathan Racho, diretor regional do ICC na África e Sudeste Asiático, afirmou: “O caso de David é outro exemplo do uso da lei de blasfêmia para perseguir os cristãos. Pedimos que os oficiais paquistaneses libertem David e alterem a lei que está sendo usada de modo abusivo pelos muçulmanos para confrontar os cristãos”.
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