Portas Abertas • 10 mar 2010
O padre Emanuel Youkhana relatou que a recente onda de violência contra os cristãos em Mosul fez com que mais de 300 famílias deixassem a cidade.
“A tendência é o número aumentar”, ele comentou. Ele é vice-bispo da Igreja Assíria do Oriente.
Um obreiro da Portas Abertas confirmou as estimativas do clérigo. “A igreja Assíria tem representantes na maioria das vilas na planície do Nínive, então ela tem um bom panorama da situação.”
“A fim de dar um basta às mortes, contatamos as autoridades locais”, disse o obreiro, que prefere permanecer anônimo por motivos de segurança.
“Partidos políticos prometeram melhoras quando as eleições parlamentaresterminarem. Mas isso não ajuda as pessoas que estão sendo mortas agora.”
Mosul, perto da antiga cidade de Nínive, é um retrato fiel de onde a violência e o ódio reinam. Por anos sucessivos, foi palco de sequestros, assassinatos e ataques à bomba contra civis de diferentes contextos religiosos.
É difícil determinar se a morte de um cristão em Mosul se deu por motivos religiosos ou não.
Segundo a Igreja assíria, em dezembro, dois cristãos de 23 e 39 anos foram mortos na cidade, e em janeiro, mais três cristãos foram assassinados.
No entanto, a violência em fevereiro aumentou dramaticamente. Em menos de dez dias, 8 cristãos foram assassinados. Acredita-se que os ataques foram embasados em motivos religiosos, combinados às eleições parlamentares.
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