Portas Abertas • 26 mai 2010
Embora a situação atual nas Coreias não esteja diretamente ligada à questão de liberdade religiosa, nós, como Corpo de Cristo, devemos interceder pelos cristãos e cidadãos em geral que estão sendo afetados por esses conflitos entre os dois países. Ore por paz e misericórdia sobre essas nações.
A Coreia do Sul suspendeu o comércio com a Coreia do Norte, exigindo um pedido de desculpas depois que um relatório responsabilizou o governo comunista por afundar um navio de guerra do sul no final de março.
O presidente da Coreia do Sul, Lee Myung-bak, afirmou que os responsáveis pelo ataque contra o navio Cheonan, que causou a morte de 46 marinheiros, têm que ser punidos, e acrescentou que levará o caso ao Conselho de Segurança da ONU.
O presidente sul-coreano também anunciou que os navios da Coreia do Norte serão banidos das águas do vizinho do sul e afirmou que, no caso de um novo ataque, vai exercer imediatamente seu direito de defesa.
A Casa Branca apoiou a decisão, oferecendo sua cooperação “para evitar futuras agressões”. O governo americano ainda ofereceu apoio militar ao sul, se necessário.
Em viagem à China, a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, pediu ao governo em Pequim que coopere com os Estados Unidos na questão da Coreia do Norte.
Em uma reunião de cúpula EUA-China, Hillary afirmou que Pyongyang tem que ser cobrado pelo ataque contra o Cheonan.
“Pedimos à Coreia do Norte que cesse este comportamento provocador... e cumpra as leis internacionais”, acrescentou ela.
A China é o principal parceiro comercial da Coreia do Norte e, no passado, se mostrou relutante em adotar medidas mais duras contra o Estado comunista.
Análise
As medidas anunciadas pela Coreia do Sul põe ponto final à era mais otimista de crescente comércio e reaproximação entre as duas Coreias.
Em seu discurso transmitido ao vivo pela TV, o presidente Lee Myung-bak advertiu para o risco de complacência.
Além disso, a Coreia do Sul afirmou que vai retomar suas "operações psicológicas" contra o norte, uma referência às transmissões de rádio e por alto-falantes que foram suspensas em 2004, além de reagir a qualquer ataque futuro com uma resposta militar.
O sul ainda poderá tentar pressionar o Conselho de Segurança para que endureça as sanções contra o norte, o que poderia enfurecer o governo de Pyongyang.
John Sudworth, BBC News em Seul
Em um discurso transmitido pela televisão, o presidente sul-coreano afirmou que seu país estava se esquecendo de que "divide a fronteira com um dos países mais propensos à guerra do mundo".
"Eu exorto as autoridades da Coreia do Norte a fazer o seguinte: pedir desculpas à Coreia do Sul e à comunidade internacional. Punir imediatamente os responsáveis e os envolvidos no incidente".
Segundo o correspondente da BBC em Seul, John Sudworth, a suspensão do comércio e a proibição do tráfego de navios norte-coreanos em águas sul-coreanas são, provavelmente, as mais duras medidas que a Coreia do Sul poderia adotar, ficando um pouco aquém de uma ação militar.
Lee deixou claro que não vai adotar nenhuma ação militar, acrescentando que o objetivo final não é um confronto armado.
Outras medidas a serem anunciadas devem incluir um exercício militar conjunto com forças americanas contra ataques submarinos, perto da fronteira marítima com o norte.
‘Fabricação’
As medidas foram anunciadas menos de uma semana depois que especialistas dos Estados Unidos, Grã-Bretanha, Austrália e Suécia concluíram, em um relatório, que o navio militar sul-coreano foi afundado depois de ser atingido por um torpedo.
De acordo com o relatório, partes do torpedo recuperadas do fundo do mar mostram um tipo de letra encontrado em outros torpedos norte-coreanos.
A Coreia do Norte nega qualquer envolvimento no incidente, afirmando que os resultados da investigação são uma “fabricação”, e ameaçando com guerra, caso sejam impostas novas sanções.
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