Técnico norte-coreano quer deixar "grande líder" orgulhoso

Portas Abertas • 15 jun 2010


A Coreia do Norte participou de uma Copa do Mundo pela primeira vez em 1966 e chegou às quartas de final. Ontem, durante a entrevista coletiva com o técnico norte-coreano, um jornalista perguntou se os jogadores daquela época inspiram a seleção atual. O técnico respondeu: "Eles nos dão conselhos e incentivos para que possamos deixar nosso Grande Líder orgulhoso", disse, referindo-se ao dirigente norte-coreano.
Em outra resposta, o técnico disse que espera ganhar do Brasil "porque isso fará o Grande Líder muito feliz e demonstrará que os norte-coreanos têm uma mentalidade muito forte".

Os jornalistas tentaram abordar o tema político, mas foram proibidos pelo próprio técnico, que recusou-se a responder sobre assuntos como as homenagens ao "Grande Líder" (o presidente do país –Kim Jong-il) e sobre a  tensão em relação ao país vizinho, a Coreia do Sul.

"Por favor, perguntem só sobre futebol, não serão respondidas perguntas sobre política", avisou Gordon Glenn Watson, responsável designado pela Fifa para fazer o meio de campo entre a seleção da Coreia do Norte e a imprensa internacional. Os jornalistas obedeceram e a primeira pergunta foi sobre futebol, mas já a partir da segunda, o assunto foi mesmo para a área política.

Um jornalista perguntou ao técnico: "Quem faz a escalação, você ou o presidente da República?" O moderador entrou em ação imediatamente, tomou o microfone do jornalista e disse: "Esta pergunta é política. Próxima pergunta".

País não transmite jogos da Coreia do Sul e EUA – o canal de televisão estatal da Coreia do Norte não transmitiu os jogos da Coreia do Sul e dos Estados Unidos. Por não possuir relações diplomáticas com os vizinhos e os americanos, o governo comunista da Coreia do Norte vetará todos os duelos das duas equipes durante o Mundial da África do Sul. Os jogos que os norte-coreanos assistiram não foram ao vivo. O jogo de hoje só será transmitido na quinta-feira, se a Coreia vencer.

Uma nação inteira contra 29 – imagine quando sair um gol do Brasil logo mais. Um país inteiro vai vibrar, gritar e comemorar. Mas e se a Coreia do Norte marcar?  Quem soltará fogos? Segundo dados da Polícia Federal, apenas 29 norte-coreanos vivem legalmente no Brasil. Seis a mais do que os convocados para a Copa do Mundo. Nesse jogo, irão torcer pela Coreia do Norte, mas quando a seleção brasileira entrar em campo com outra equipe, esse asiáticos estarão vestidos de verde-amarelo.

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