Portas Abertas • 29 set 2020
Desde 2013, o líder cristão Ebrahim Firouzi luta na justiça pela liberdade no Irã (foto: Article18)
A Portas Abertas acompanhou a história de condenação do cristão Ebrahim Firouzi no Irã. Em outubro de 2019, o líder cristão saiu da prisão e foi cumprir a pena de dois anos exilado em Sarbaz, cidade na fronteira com o Paquistão. Em março, Firouzi teve a sentença aumentada em 11 meses, como punição por não ter assinado diariamente um documento que indicava a presença dele na cidade e por violar os termos da justiça local.
Então, em setembro, o cristão iraniano foi notificado a comparecer diante do promotor em Rask, para responder outra acusação de “propaganda contra o Estado”. Caso ele fosse condenado, a pena seria de três a 12 meses de prisão. Porém, esse processo contra Firouzi foi encerrado por falta de provas, garantiu o site de notícias britânico Article18.
Uma história de perseguição
Desde 2013, o líder cristão enfrenta uma batalha contra o poder judiciário no Irã. Ele foi condenado a um ano de prisão e mais dois anos de exílio interno. Os “crimes” cometidos por ele foram fazer “propaganda contra o regime estabelecendo e organizando encontros cristãos”, e ter contatos com redes contrárias às revolucionárias do Irã.
A libertação de Firouzi era esperada para o início de 2015, mas ele permaneceu detido e foi condenado novamente a mais cinco anos de detenção, sob a acusação de “agir contra a segurança nacional”. Finalmente, em outubro de 2019, ele saiu da prisão e foi cumprir a pena em exílio interno. Na ocasião, o cristão conseguiu autorização para se ausentar por seis dias, pois foi visitar os familiares, após a morte da mãe dele. Mas quando voltou, foi informado que deveria ter solicitado o pedido para viajar a outra autoridade.
Apesar de Firouzi permanecer exilado, os cristãos iranianos celebraram e agradeceram o encerramento do novo processo contra ele. A detenção de cristãos é uma situação comum no país, que ocupa a 9ª posição na Lista Mundial da Perseguição 2020. Recentemente, alguns seguidores de Jesus fugiram da nação, após condenação por fazerem parte de igrejas domésticas. Eles tiveram as apelações para revisão dos casos negadas, ação que demonstra que o sistema judiciário iraniano está fortemente vinculado à religião islâmica.
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