Portas Abertas • 14 jun 2017
A celebração muçulmana do Ramadã costuma ser uma verdadeira luta para os cristãos. Um fiel egípcio decidiu compartilhar sua experiência durante esse período. Segundo ele, os desafios são diários. “Homens e mulheres cristãos sentem a presença do Ramadã não só pelos alto-falantes das mesquitas, mas também pelos olhares dos muçulmanos que estão em jejum”, disse. Segundo ele, ao contrário dos dias normais, nessa época é comum ver a maioria dos muçulmanos se dedicando à leitura do Alcorão, até mesmo em transportes públicos.
“Dentro do ônibus, muitas vezes, eles fazem a leitura em voz alta, principalmente quando são textos que se referem aos cristãos e judeus. Fazendo isto, eles acreditam que estão ganhando pontos com Deus. E os cristãos devem ouvir tudo calados, até chegar a sua parada”, explica. Ele também conta que, certo dia, uma cristã viajava entre os muçulmanos e, porque não estava coberta com o hijab (véu islâmico), ficou indefesa contra os olhares desprezíveis que recebeu. “Embora a cortesia comum dite que uma mulher geralmente é convidada por homens para se sentar no ônibus, essa cortesia foi negada a essa dama cristã”, observou.
O cristão conta sobre a tensão nos locais de trabalho e sobre o alívio que sente durante a primeira hora, quando o sol se põe, é anunciada a quebra do jejum dos muçulmanos e o país todo fica em paz. “Durante a oração do pôr do sol as ruas estão quase vazias, não há muitos veículos circulando, todas as lojas estão fechadas. Às vezes, eu aproveito para sair em minha pequena varanda para desfrutar a calmaria da noite e então oro pelos muçulmanos e desejo que Deus se revele a eles através do amor de Jesus”, conclui o cristão egípcio.
Motivos de oração
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