Portas Abertas • 12 mar 2021
Um cristão ex-muçulmano cedeu à pressão e renunciou à fé e, agora, ajuda os extremistas na perseguição aos seguidores de Jesus em Bangladesh (foto representativa)
Atualizado em 12 de março, às 10h20
Parceiros da Portas Abertas em Bangladesh receberam relatos de que cristãos ex-muçulmanos do Norte estão sendo constantemente perseguidos por um grupo de maulana, líderes religiosos e estudiosos do islamismo. Os extremistas visitam os cristãos de casa em casa, os forçando a renunciar à fé em Jesus e retornar ao islã.
"Este grupo convidou muçulmanos locais para evitar os cristãos e os isolar completamente. Eles enviaram uma mensagem a todas as mesquitas locais e líderes dizendo que é responsabilidade deles fazerem os cristãos renunciarem à fé e voltarem ao islã. Eles também listaram nomes e endereços dos seguidores de Jesus. E agora, regularmente, duas vezes por dia, eles visitam as casas dos cristãos e os forçam a renunciar a Cristo. Quando se recusam a obedecer, os cristãos são ameaçados de serem prejudicados. Por medo de perseguição e tortura, cerca de 8 famílias já renunciaram à fé", compartilha o irmão Abraham, um parceiro local da Portas Abertas.
Outros colaboradores da região relatam que um cristão ex-muçulmano, que negou abertamente a fé em Jesus e voltou ao islã, está ajudando o grupo a identificar os outros seguidores de Cristo. "Ele era um pastor e evangelista de uma igreja que levou muitas pessoas a Cristo. Por isso, contou tudo sobre como os cristãos evangelizam e convertem as pessoas. O testemunho dele contém muitas declarações falsas e negativas sobre os cristãos, o que dá aos muçulmanos uma má impressão dos cristãos", explica o irmão Abraham.
O grupo maulana também tomou a igreja onde esse e outros cristãos ex-muçulmanos costumavam adorar e transformou em um local islâmico. Eles levaram todos os materiais que estavam sendo usados na igreja, bem como materiais para aulas de alfabetização de adultos. O grupo também postou vídeos on-line mostrando os materiais, insultando os cristãos e acusando-os de dar dinheiro a quem se converte ao cristianismo.
Muitos líderes familiares agora se esconderam porque são forçados a negar Jesus. "Os cristãos são perseguidos pelos aldeões muçulmanos, que são um grande número nessas aldeias. Agora, os seguidores de Jesus não podem ir ao mercado, comprar e vender coisas, e nem ir trabalhar. Os maulana têm ido de mercado em mercado, loja a loja, dizendo aos muçulmanos para não venderem coisas aos cristãos", conclui Abraham.
Anand*, um dos cristãos pressionados a renunciar à fé, compartilha a situação que vive: "Eu tenho uma loja no mercado local que é minha única fonte de renda. Sou ameaçado pelos muçulmanos de não ir a minha loja. Não posso ir ao meu estabelecimento há semanas. Não sei se minhas coisas ainda estão lá ou não, e estou sofrendo uma crise alimentar. Eu sou o único cristão na minha família, e meus parentes estão me pressionando a renunciar a minha fé em Jesus. Eu não sei o que fazer".
Parceiros da Portas Abertas em Bangladesh estão orando e investigando como podem ajudar os cristãos nessa situação. Até agora, há cerca de 132 famílias que optaram por não renunciar à fé em Jesus e estão sendo perseguidas. Mais 25 famílias cristãs foram adicionadas à lista dos extremistas. Líderes islâmicos pegaram Bíblias e outros materiais cristãos de duas igrejas da região e ameaçaram os seguidores de Jesus. Os homens da família permanecem escondidos e a falta de alimentos continua afetando os cristãos. Os parceiros da Portas Abertas em Bangladesh realizaram a distribuição de alimentos para cerca de 81 famílias.
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