Portas Abertas • 16 mai 2017
O Catar é o 20º país na atual Lista Mundial da Perseguição, sendo governado pela família Al Thani, desde meados dos anos 1800. Por lá, parece não haver descontentamento social ou econômico, uma vez que o Estado distribui suas riquezas generosamente. A sociedade, no geral, professa a fé islâmica. O culto público a outras religiões além do islã é restrito. Quase todos os cristãos no país são estrangeiros, mas há alguns ex-muçulmanos convertidos ao cristianismo.? Atualmente, existem muitos cristãos asiáticos trabalhando nas construções dos estádios para a Copa do Mundo de 2022. A Anistia Internacional chegou a citar que se trata de trabalho escravo e que os trabalhadores não vivem em boas condições, enfrentam abusos de direitos humanos e ouve-se que o país está violando diversas regras da instituição. ""Trabalhar no exterior não é fácil, estamos longe de nossas famílias e sacrificando nossa alegria e conforto para lhes dar uma vida melhor"", diz Simon*, um dos cristãos. Embora, nos últimos anos, a situação tenha melhorado um pouco, Simon diz que durante o verão as temperaturas atingem facilmente mais de 50ºC, e eles precisam cumprir diariamente um turno de 11 horas. ""A mídia aqui é censurada, então não está nos jornais, mas muitas vezes ouvimos falar de trabalhadores suicidas. Eles se sentem deprimidos e não encontram outra solução senão tirar a própria vida"", contou. Ele também esclareceu que os salários são inferiores do que o prometido antes da chegada no Catar (cerca de 400 dólares mensais), alguns contratos são fraudulentos e, a maioria, só permite a volta para casa a fim de visitar os familiares após um período de dois anos de trabalho. ""Além disso, muitos patrões tratam seus empregados com grande desrespeito"", disse. Simon faz parte de um grupo de cristãos que evangeliza e fala de Jesus para outros trabalhadores enquanto estão construindo. A equipe da Portas Abertas visitou esses cristãos em uma de suas reuniões secretas. ""Estivemos com eles no local de trabalho e entendemos como até mesmo nas construções para um torneio de futebol é possível espalhar o amor de Deus, ainda que o país seja fechado para o evangelho"", conclui o colaborador. *Nome alterado por motivos de segurança.
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